Matematicamente Falando
Havia já algum tempo que estava curioso e agora finalmente consegui ver o filme do Sean Penn sobre aquele moço que se isola no Alasca (também não tinha lido o livro). Apreciações cinematográficas à parte (além do facto de não ter gostado por aí além) ficaram-me duas ideias:
A liberdade é uma experiência essencialmente individual. Ela é tão mais absoluta quanto mais nos conseguirmos isolar do resto da sociedade e das condicionantes que ela nos impõe.
Em contrapartida a felicidade é uma experiência essencialmente colectiva. A felicidade só é plena quando é partilhada.
Assim se quiséssemos representar matematicamente a relação entre a liberdade e a felicidade (e como a minha matemática é um bocadinho limitada) tínhamos qualquer coisa como uma função linear de proporcionalidade directa com declive negativo: f(x) =-ax (sendo a uma constante que difere consoante a pessoa)
Ou seja, quanto mais livres mais infelizes.
A liberdade é uma experiência essencialmente individual. Ela é tão mais absoluta quanto mais nos conseguirmos isolar do resto da sociedade e das condicionantes que ela nos impõe.
Em contrapartida a felicidade é uma experiência essencialmente colectiva. A felicidade só é plena quando é partilhada.
Assim se quiséssemos representar matematicamente a relação entre a liberdade e a felicidade (e como a minha matemática é um bocadinho limitada) tínhamos qualquer coisa como uma função linear de proporcionalidade directa com declive negativo: f(x) =-ax (sendo a uma constante que difere consoante a pessoa)
Ou seja, quanto mais livres mais infelizes.
5 Comments:
Olá Miguel, tb vi o filme. As questões q tu colocas tb são interessantes, mas na altura tb coloquei outras. Por exemplo: partir para uma experiência individual daquele género sem ferramentas proporcionais, pelo menos no que diz respeito à sobrevivência, poderá ser drástica, para não utilizar um termo mais forte. A felicidade e a liberdade individual é, efectivamente, uma equação matematicamente complicada. Tv a Cristina nos possa elucidar melhor ;)
OK, muito bonito. Mas agora vamos ao que verdadeiramente interessa: estás mais livre ou mais feliz?
Pois é Vera, mas só assim é que faria sentido e o rapaz nisso foi consistente. E depois é espectacular a forma como a própria natureza se encarrega de o eliminar; se isto fosse um romance haveria poucos escritores que tivessem a coragem de escolher uma forma tão brutal.
E sim esperemos pela Cristina; mas receio que ela agora esteja demasiado obcecada pela Geometria.
Carlota mesmo que quisesse não conseguia responder; os meus conhecimentos de matemática ficam muito aquém do necessário para resolver tão complicada equação.
Não vi o filme, não faço ideia do que estão a falar, mas vamos à Matemática.
«Quanto mais livres mais infelizes» eu reescreveria como "quanto mais livres menos felizes" - repito que não conheço a história de que falam, mas parece-me melhor assim, pode ser?... Vou admitir que sim. Desta forma, para mim, o modo simplista de relacionar as duas variáveis não seria uma proporcionalidade directa negativa, mas sim uma espécie de proporcionalidade inversa (positiva): f(x)=a/x (sendo a uma constante positiva).
A imagem desta coisa é uma hipérbole
[http://agavelar.no.sapo.pt/p/hiperbole.jpg] de cuja a análise se tiram mais coisas interessantes - e agora vou-me divertir um bocadinho a extrapolar conclusões:
- Não é a existência de liberdade (por si só) que implica a infelicidade, mas sim o aumento (desmesurado) da mesma que leva à redução (drástica) da felicidade;
- Por outro lado, a ausência de liberdade torna-nos infelizes; no entanto, quanto mais cativos estivermos, menos infelizes estaremos, pois, na total ausência de liberdade, é a ânsia da mesma que nos torna infelizes.
- Não faz sentido falar da completa ausência de liberdade/cativeiro ou de felicidade/infelicidade; elas existem, ou boas ou más, mas existem!
- E não há liberdade ou felicidade absolutas: não se atinge um patamar último, não há limite para o quão miseráveis ou bem-aventurados nos possámos sentir, podemos sempre ficar pior ou melhor do que estamos.
Eh pá, não faço ideia se encaixa no filme mas foi divertido! =)
A Cristina em grande :)
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial