Isto Das Séries …
Cada vez mais o nosso comportamento é condicionado pelos arquétipos que nos determinam o que é ou não é correcto, desejável ou não desejável, bonito ou feio, simpático ou antipático (e por ai em diante) e o que fazer em tal e tal situação.
E como eu gosto de me divertir a encontrar explicações simples para questões complexas, tenho para mim que grande parte da culpa de tudo isso é das séries de televisão.
As séries de televisão actuais são exímias na criação de estereótipos e na formatação dos seus comportamentos tipo. Depois através de uma inteligente mistura de “glamour” e de exploração dos preconceitos conseguem induzir-nos à imitação.
Mas, poderão dizer, dantes também havia os filmes que influenciavam os comportamentos e as personalidades. Era diferente! Um filme dura 90 minutos e depois vem outro diferente. Hoje imaginamo-nos como um Xerife no Far-West, amanha já queremos ser um poderoso Padrinho da máfia e depois de amanha estamos em pleno Vietname, prostrados de joelhos no chão com o corpo cravejado de balas e a levantar os braços em direcção ao nossos companheiros que se escapam nos helicópteros. E este saltitar estimula-nos mais a diversidade do que a uniformidade.
Ao contrário, as séries, servidas em doses diárias, estendem-se por meses e anos a fio. Entranham-se e tornam-se parte do nosso quotidiano. Dai a passarmos a confundi-las com a realidade é um passito. E assim se explica, por exemplo, esta geração espontânea de Carrie’s que pulula por ai.
Digamos que as séries tiveram para o nosso comportamento o mesmo efeito que a MacDonald’s teve para a gastronomia. E tudo isto nos obriga cada vez mais a render a devida homenagem ao génio do George Orwell.
Quanto às séries que me marcaram elas são quase todas antigas; não por uma questão de mais ou menos qualidade mas porque hoje em dia já não sou assim muito “marcável” (lista muito limitada porque a minha memória para estas coisas é mesmo muito fraquinha):
Pequenos Vagabundos
Verão Azul
Homem Rico Homem Pobre
Ventos de Guerra
Holocausto
Balada de Hill Street
Espaço 1999
todo o Herman (pois concerteza)
e, claro, naturalmente, os Monthy Python Flying Circus
das mais recentes:
Ally Mcbeal (que julgo ter sido das primeiras deste novo estilo – pelo menos em Portugal)
Friends (não é à toa que podemos ver a Jennifer Aniston quase diariamente)
e ainda mais recente Roma (porque sou naturalmente atraido por tudo o que se relaciona com o período do Império Romano)
E como eu gosto de me divertir a encontrar explicações simples para questões complexas, tenho para mim que grande parte da culpa de tudo isso é das séries de televisão.
As séries de televisão actuais são exímias na criação de estereótipos e na formatação dos seus comportamentos tipo. Depois através de uma inteligente mistura de “glamour” e de exploração dos preconceitos conseguem induzir-nos à imitação.
Mas, poderão dizer, dantes também havia os filmes que influenciavam os comportamentos e as personalidades. Era diferente! Um filme dura 90 minutos e depois vem outro diferente. Hoje imaginamo-nos como um Xerife no Far-West, amanha já queremos ser um poderoso Padrinho da máfia e depois de amanha estamos em pleno Vietname, prostrados de joelhos no chão com o corpo cravejado de balas e a levantar os braços em direcção ao nossos companheiros que se escapam nos helicópteros. E este saltitar estimula-nos mais a diversidade do que a uniformidade.
Ao contrário, as séries, servidas em doses diárias, estendem-se por meses e anos a fio. Entranham-se e tornam-se parte do nosso quotidiano. Dai a passarmos a confundi-las com a realidade é um passito. E assim se explica, por exemplo, esta geração espontânea de Carrie’s que pulula por ai.
Digamos que as séries tiveram para o nosso comportamento o mesmo efeito que a MacDonald’s teve para a gastronomia. E tudo isto nos obriga cada vez mais a render a devida homenagem ao génio do George Orwell.
Quanto às séries que me marcaram elas são quase todas antigas; não por uma questão de mais ou menos qualidade mas porque hoje em dia já não sou assim muito “marcável” (lista muito limitada porque a minha memória para estas coisas é mesmo muito fraquinha):
Pequenos Vagabundos
Verão Azul
Homem Rico Homem Pobre
Ventos de Guerra
Holocausto
Balada de Hill Street
Espaço 1999
todo o Herman (pois concerteza)
e, claro, naturalmente, os Monthy Python Flying Circus
das mais recentes:
Ally Mcbeal (que julgo ter sido das primeiras deste novo estilo – pelo menos em Portugal)
Friends (não é à toa que podemos ver a Jennifer Aniston quase diariamente)
e ainda mais recente Roma (porque sou naturalmente atraido por tudo o que se relaciona com o período do Império Romano)
2 Comments:
Bem apanhada essa análise 'filmes-séries'!
E a propósito de Roma, o "I, Claudius", nunca viste?
As séries de televisão actuais são exímias na criação de estereótipos e na formatação dos seus comportamentos tipo. Depois através de uma inteligente mistura de “glamour” e de exploração dos preconceitos conseguem induzir-nos à imitação. ... inteiramente de acordo. E se não à imitação, porque na verdade os estereótipos veiculados são inalcançáveis para 90% dos comuns mortais, pelo menos induzem à aspiração ... que, por impossibilidade de concretização, leva à frustração ... uff, foram muitos ãos numa frase só ... perdão!
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