Ao ouvir no outro dia uma moça (jovem, portanto ainda com um elevado potencial de crescimento) afirmar sorridente que tinha cerca de 350 pares de sapatos em casa, lembrei-me do fascínio que sempre me causou esta paixão que as mulheres têm por sapatos.
Como as férias são momentos propícios para exercícios mentais inúteis, pus-me a tentar encontrar um comportamento equivalente nos homens. Confesso que foi difícil e a única coisa na qual consegui identificar alguns pontos em comum foi no chamado “coçar os tomates”.
Ambos são actos reflexivos que respondem a impulsos algo misteriosos, e em ambos os casos, pelo menos na maior parte das ocasiões, essas práticas não resultam de nenhuma necessidade efectiva (o risco de andar descalço num caso ou uma real comichão no outro) sendo somente manifestações supérfluas do nosso inconsciente ou então fenómenos de compensação de algo que não tem nada a ver com o acto em si.
Tenho a certeza que não seria difícil encontrar mais semelhanças mas como poderia cair no risco de entrar em áreas mais delicadas fico-me por aqui, na certeza porém de que posso estar a dar um significativo contributo para o desenvolvimento da psicologia comportamental.
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