Tê-los no sítio
Manuel Alegre é um homem coerente.
Fez hoje o que, acredito, muitos socialistas queriam ter feito. O que o Partido Socialista, enquanto partido, fez hoje na Assembleia da República é digno da direita mais conservadora.
Como 'um almoço nunca é de graça' José Sócrates terá agora os bons auspícios do clero para uma reeleição. Hoje, Sócrates e Ferreira Leite foram um só, a esquerda do 'Zé' e a direita da 'Manela' unos, numa união de facto negada a outros.
Obrigado 'Manel'!
Etiquetas: Ovelhas tresmalhadas
Hélder Franco às sexta-feira, outubro 10, 2008
3 Comments:
Não sendo um partidario da esquerda, como humanista que me considero, tiro o meu chapeu a este grande homem, que não vai em disciplinas de voto, que não apoia um cacique, e que faz no parlamento, o que a sua consciência dita.
Considero que a "disciplina de voto" não é mais que uma arma que é usada num eleitoralismo escessivo que o PS apresenta, numa tentativa de nova maioria absuluta.
Absulutistas só gostei de um El-Rei D. João V...
Olhando a História vejo que as diferenças entre o que tinhamos no inicio da primeira republica com o Partido Republicano, e o PS actual são minimas e mesmo achando que a futurologia não é a minha area, opino aqui e agora que o que tivemos em 1926 se aproxima, infelizmente a ditadura...
Saludos
A disciplina de voto é uma vergonha num partido que se diz socialista, mas de socilista este PS presente não tem nada. Há que tê-los no sítio naturalmente!
Tê-los no sítio? Mas porquê, o Manuel Alegre sabe que pode fazer o que quiser dentro do PS porque não tem nada a perder. Com a idade dele já não tem com que se preocupar em manter o estatuto, o seu futuro está garantido, bem reformado, até bem demais veja-se o caso da reforma da RDP, portanto pode ser uma voz dissonante dentro do PS, na política e onde quiser. Gostava de ver o Alegre no lugar de um deputado qualquer em início de carreira a tomar as posições que tem assumido, já estava no olho da rua ou então seguia a disciplina de voto como os outros.
Não queiram dar mérito e louvor a quem não o merece.
Francisco Sousa / Barcelos
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