terça-feira, outubro 21, 2008

Entre o vulgar e o banal

Um dia destes fui à Fnac.
Para além de outros produtos irresistíveis comprei a Revista Ler.
Compro assiduamente a revista "Os meus livros", leio um ou outro artigo no Expresso, ouço, quando posso, os programas de rádio do Carlos Vaz Marques e do Francisco José Viegas, tudo sobre livros.
A minha relação com os livros é, como podem constatar, bastante heterogénea, poderia tornar-se socialmente incorrecta se optasse por apenas uma das vias, mas faço questão de me tornar mais culta entre amigos de várias colheitas: o superficial, o inteligente, o humorístico, o desempoeirado e o qualquer-coisa-acontece-naquele/a-artigo/conversa-sobre-livros-não-se-percebe-é-o-quê.
Bem, mas tudo isto é a propósito da revista Ler.
Já li alguns artigos, mas destaco o de Pedro Mexia sobre o livro de Pamela Anderson, Star Struck (2005):
"Há um elemento visual, quase imagista, nesta escrita. Eis a descrição da angustiada vida das estrelas: 'Era mesmo o tipo de iate que se esperava que um agente rock tivesse. Espelhos no tecto, jacuzzi de mármore, tudo em pele de leopardo, aquilo fazia o simplesmente vulgar parecer banal. Era o esconderijo perfeito para Star e Jimi. Fugindo dos paparazzi, produtores e autoridades, com as suas vidas e as suas fotografias estampadas nas capas da imprensa na maioria das línguas do mundo, o meio do oceano Pacífico era o único sítio onde ainda tinham alguma paz.' Ninguém que ame a literatura pode desmerecer aquele 'fazia o simplesmente vulgar parecer banal.'"
Hilariante.

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