quinta-feira, setembro 11, 2008

We're all living in America,
Coca-Cola, Wonderbra,


Passaram 7 anos sobre o 9/11 [Nine/Eleven]. Porém, após uma breve passagem por uns quantos blogues nacionais de [minha] referência, não li qualquer alusão a esse terrível acontecimento que tem vindo a marcar, determinadamente, os últimos anos da História da Humanidade.
Este era um daqueles dias em que seria comum ouvirem-se vozes de pesar e de exultação, pró e anti América; de alerta sobre os perigos do terrorismo e fundamentalismo islâmico; e de debate sobre as virtudes e/ou equívocos da política externa norte-americana.
Estranho que passados 7 anos já exista tanta indiferença perante tamanha barbárie.
Por mim, mesmo que passem sete, mais sete, e mais sete, neste dia, e enquanto viver, sentir-me-ei sempre um pouco americano.
Adenda [das 22:00]: Justiça seja feita.

Etiquetas: , , , , , , , , ,

Partilhar

22 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Por mim, mesmo que passem sete, mais sete, e mais sete, neste dia, e enquanto viver, sentir-me-ei sempre um pouco americano."

E eu sinto-me sempre um pouco chileno, desde que os americanos patrocinaram um golpe-de-estado naquelas terras.

quinta-feira, setembro 11, 2008 7:49:00 da tarde  
Blogger Leonor said...

Ainda bem que te lembraste mas o cartoon do ano passado era muito mais giro ;-)

quinta-feira, setembro 11, 2008 8:22:00 da tarde  
Blogger Leonor said...

Voltei para dizer a que falta de posts pode não ser indiferença.

quinta-feira, setembro 11, 2008 8:29:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não concordo que falta de posts seja indiferença ou esquecimento perante tamanho acontecimento.

Penso, por outro lado, que quanto mais se fala mais doí.

quinta-feira, setembro 11, 2008 8:35:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

http://www.911truth.org/

http://resistir.info/11set/new_study_p.html

era bom que se descobrisse a verdade....

quinta-feira, setembro 11, 2008 9:19:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Caro Anónimo das 19:49,

Não lhe invejo a sorte. Se seguir esse princípio à letra deve sentir-se, ao longo do ano, um pouco de quase todas as nacionalidades. Imagino que isso lhe deva trazer alguns problemas na sua vida do dia-a-dia. Isso é aquilo a que se pode chamar [se me permite] de verdadeira disfunção de nacionalidade. Possivelmente será um daqueles felizes portadores de passaporte de Cidadão do Mundo.

quinta-feira, setembro 11, 2008 10:07:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Leonor e Claudette,

Provavelmente terão [alguma] razão: a maioria das pessoas não se esqueceram, mas como é um acontecimento bastante debatido e muito funesto, talvez prefiram evitar o assunto para não se repetirem, e para não entrarem em rota de colisão com opiniões divergentes das suas quanto a esta matéria. No entanto, o que me parece é que não é essa a melhor opção.

quinta-feira, setembro 11, 2008 10:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Creio, de facto, caro André Carvalho, ser um cidadão do Mundo.

Isso não me traz problema algum no dia-a-dia. A minha disfunção de nacionalidade chilena é tão grave com a sua disfunção de nacionalidade americana.

Uns recordam as desgraças de 11 de Setembro, outros preferem recordar as desgraças de 1973. Ambas desgraças. Como não podemos adotar todas as desgraças do mundo, cada um escolhe as suas. Assim cada descraçazinha tem os seus padrinhos que não permite que elas seja esquecidas.

quinta-feira, setembro 11, 2008 10:36:00 da tarde  
Blogger Leonor said...

Não consigo especular sobre que razões estarão por trás do 'alegado' silêncio, André. Jamais esquecerei o 11 de Setembro de 2001, mas não me senti minimamente americana, não é preciso para lamentar as vítimas.

quinta-feira, setembro 11, 2008 11:57:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Caro Anónimo,

Quando escrevi este post não foi para dissertar sobre se a “a minha desgraça é maior que a tua”. Este post é de evocação de uma data e de um acontecimento preciso, terrível, que alterou o rumo da História e que colocou irreversivelmente em cheque [as nossas vidinhas] a Liberdade e o modo de vida nas sociedades democráticas ocidentais. Porém, efectivamente, também é um post contra um anti americanismo primário contraproducente que continua a reinar, aqui e ali, e que, na minha opinião [que é a que mais me interessa para o caso], para além de retirar uma substancial percentagem de discernimento aos seus infelizes possuidores, e de não me parecer ser um sentimento saudável num qualquer ser humano, também [e fundamentalmente] acaba por não fazer justiça a um povo como o americano. Porque no fundo, mesmo que em alguns casos seja muito lá no fundinho, somos todos, um pouco, americanos.

quinta-feira, setembro 11, 2008 11:57:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Leonor,

Quando digo que no 11 de Setembro me sinto americano é em sentido meramente metafórico. Não me sinto americano por lamentar as vítimas. Também lamento as vítimas da guerra no Iraque e não é por isso que me sinto [ou deixo de me sentir] Iraquiano. Sinto-me americano porque também sinto que a minha liberdade e o meu modo de vida podem estar ameaçados pelo mesmo obscurantismo medieval que reina profusamente em algumas mentes.

sexta-feira, setembro 12, 2008 12:10:00 da manhã  
Blogger Leonor said...

André,
Claro que o sentido é metafórico, provavelmente não gosto da metáfora em mim. E mais uma vez reitero que para mim o mundo não é em alternativa, não me sentir americana não me faz sentir iraquiana. Nem sequer me passa pela cabeça.

sexta-feira, setembro 12, 2008 12:39:00 da manhã  
Blogger Carlota said...

Este era um daqueles dias em que seria comum ouvirem-se vozes (...) pró e anti américa (...)
Há coisas em que a tradição ainda é o que era!

(Eu, que me lembre, nunca abordei o assunto na blogosfera. Lido mal com fanatismos, terrorismos, mortes e coisas estúpidas do género. Para mim, são blogo-tabus.)

sexta-feira, setembro 12, 2008 7:39:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

O Hugo Chavez é que continua igual a ele próprio.

sexta-feira, setembro 12, 2008 4:27:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Espero que v/ não me inclua nos anti-americanos... nem nos primarios, nem nos secunbdarios

sexta-feira, setembro 12, 2008 8:52:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Caro anónimo das 19h49/20h52,

Eu também esperava que me saísse o euromilhões. Mas vou ter de continuar à espera. ;)

sábado, setembro 13, 2008 3:22:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Eu por acaso no dia 11 recordei três desgraças ocorridas nesta data.
(http://cabalas.blogspot.com/2008/09/11-de-setembro-dia-fatdico.html)
Nitidamente o 11 é um dia fatidico...

segunda-feira, setembro 15, 2008 2:08:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caro André, vou começar pelo fim e dizer-lhe que não me sinto absolutamente nada americana.É-me impossível! Sinto-me, isso sim, solidária com aqueles que perderam alguém de quem gostavam, no dia 11 de setembro. Mas sinto-me solidária com todos aqueles que perderam alguém de quem gostavam em qualquer dia, de qualquer mês e de qualquer ano.
Sou céptica em relação ao suposto "ataque terrorista"... já vi e li muita coisa sobre o assunto e estou cada vez mais desconfiada em relação ao governo norte-americano.
Os Estados Unidos, nas pessoas dos seus representantes, estão sempre do lado errado da história (excepto nas duas grandes guerras).
Decidi não falar deste assunto no dia 11/9 porque mais nada há a dizer. Já foi tudo dito. Acho que não foi muito justo ao falar de indiferença... Ninguém está indiferente. Eu não estou indiferente. Recuso-me é a fazer parte da simpatia a puxar à pena, só porque fica bem.
Desculpe, mas este assunto deixa-me zangada...

terça-feira, setembro 16, 2008 3:11:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Caríssima Daily,

Não me leve a mal, mas depois de ler o seu comentário não consigo evitar dizer algo: Custa-me a crer que não se sinta nem um pouquinho americana. O seu cepticismo em relação ao “suposto ataque” é tipicamente americano. Todas as rocambolescas teorias da conspiração sobre o 11 de Setembro já têm uma patente registada, e é made in USA.

quarta-feira, setembro 17, 2008 7:08:00 da tarde  
Blogger Leonor said...

Estou como e com a daily. A solidariedade para com as vítimas não implica sentir-se minimamente americano. Desconheço esse sentimento.

sexta-feira, setembro 19, 2008 2:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

André, como é óbvio não lhe levo a mal. Respeito a sua opinião, apesar de não concordar. Apenas me custa essa associação de ideias. Aprecio os Estados Unidos enquanto turista, mas não me identifico com os americanos. Logo, nunca poderia sentir-me uma.
Bem sei que as teorias da conspiração sobre o 11 de Setembro surgiram nos Estados Unidos, mas quem melhor para questionar se não os próprios americanos? Afinal aconteceu com eles. Para mim faz sentido.
Quanto ao rocambolesco... mais um ponto em que discordamos. Não sei se tudo o que os grupos em busca da "verdade" defendem estará correcto, mas levantam questões pertinentes. E eu, não me sentido americana, fico preocupada...

Obrigada Leonor pela "solidariedade"! :)

sexta-feira, setembro 19, 2008 8:57:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Apesar da vossa saudável insistência e da minha cáustica persistência, ainda não me conseguiram convencer de que não se sentem minimamente americanas – quanto mais não seja porque alguma razão existirá para se inserir a cultura europeia numa realidade mais vasta que é a da Cultura Ocidental [cultura europeia clássica+cultura norte americana contemporânea]. Mas apesar de não ser o vosso caso, esta saudável troca de pontos de vista até acaba por surgir muito a propósito de outro acontecimento que me tem dado a constatar a existência de muito boa gente que não se sente minimamente americana mas que parece andar mais preocupada com as eleições nos Estados Unidos do que com as eleições nos seus próprios países. Por causa disso, por vezes, chego até a dar comigo a desconfiar da nacionalidade americana do Barack Obama. :)

terça-feira, setembro 23, 2008 1:03:00 da tarde  

Enviar um comentário

Voltar à Página Inicial