A minha maior dúvida existencial
É saber quantas mais vezes lerei no Expresso a palavra liberal, quando a mensagem que a circunda é fundamentalmente mais neoliberal.
O que distingue um liberal de um neoliberal?
O liberalismo surge na sequência da crise das monarquias e aliado bem frequentado da república. A principal bandeira do velho liberal era, fundamentalmente, a secularização das sociedades. De uma sociedade feudal e monárquica para uma sociedade democrática, laica e republicana. Se lermos escritos de Jaime Cortesão e de outros liberais portugueses famosos, o seu ódio mais radical é à Igreja e a sua principal bandeira de combate é a defesa da educação, pois, perceberam atempadamente, que só através da educação se poderiam educar homens livres do jugo da igreja e, consequente, da monarquia.
A essência do liberalismo político é profundamente revolucionária à época, estamos a falar na luta pela construção de uma sociedade com outro tipo de paradigma.
Segundo alguns autores, o neoliberalismo é uma junção altamente conflitual :entre o liberalismo económico (escola austríaca da economia) e uma mentalidade religiosa profundamente conservadora (políticas em Inglaterra de Thatcher), os trauliteiros da religião, como lhe chamaria um liberal convicto.
Um neoliberal olha para a sociedade e só vê indivíduos em competição, é um defensor camuflado da lei do mais forte ou do darwinismo social, como defenderiam alguns sociólogos. Camuflado porque Deus Nosso Senhor não lhes permitiria a admissão de tal pecado?
Um liberal olha a sociedade com um certo cepticismo, e com o seu porte aristocrático exclama: ah, o povo quão ignorante é o povo!
A minha maior dúvida existencial é a seguinte: por qual das vias irá o Expresso optar? Pelas mensagens subreptícias globalizadas e globalizantes desconfio que é pela segunda (neoliberalismo).
Há, no entanto, uma contingência dos tempos: como adaptar a ideologia neoliberal às recentes nacionalizações americanas?
A série segue dentro de momentos...
O que distingue um liberal de um neoliberal?
O liberalismo surge na sequência da crise das monarquias e aliado bem frequentado da república. A principal bandeira do velho liberal era, fundamentalmente, a secularização das sociedades. De uma sociedade feudal e monárquica para uma sociedade democrática, laica e republicana. Se lermos escritos de Jaime Cortesão e de outros liberais portugueses famosos, o seu ódio mais radical é à Igreja e a sua principal bandeira de combate é a defesa da educação, pois, perceberam atempadamente, que só através da educação se poderiam educar homens livres do jugo da igreja e, consequente, da monarquia.
A essência do liberalismo político é profundamente revolucionária à época, estamos a falar na luta pela construção de uma sociedade com outro tipo de paradigma.
Segundo alguns autores, o neoliberalismo é uma junção altamente conflitual :entre o liberalismo económico (escola austríaca da economia) e uma mentalidade religiosa profundamente conservadora (políticas em Inglaterra de Thatcher), os trauliteiros da religião, como lhe chamaria um liberal convicto.
Um neoliberal olha para a sociedade e só vê indivíduos em competição, é um defensor camuflado da lei do mais forte ou do darwinismo social, como defenderiam alguns sociólogos. Camuflado porque Deus Nosso Senhor não lhes permitiria a admissão de tal pecado?
Um liberal olha a sociedade com um certo cepticismo, e com o seu porte aristocrático exclama: ah, o povo quão ignorante é o povo!
A minha maior dúvida existencial é a seguinte: por qual das vias irá o Expresso optar? Pelas mensagens subreptícias globalizadas e globalizantes desconfio que é pela segunda (neoliberalismo).
Há, no entanto, uma contingência dos tempos: como adaptar a ideologia neoliberal às recentes nacionalizações americanas?
A série segue dentro de momentos...
0 Comments:
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial