Não há margem para enganos. Sei que cá estou quando num mero sms de uma informal relação contratual privada se dão ao lustro de me tratar por doutora. Oh, terra do formalismo, da fachada e da vénia da treta!
O caso extremo era um aluno meu a quem em tempos dei explicações de décimo segundo ano. Eu era o "Luís" (porque insisti em mandar o doutor às malvas) e ele era o Sr. Eng.
Absolutamente de acordo, Maldonado. E que não se importa com o recheio, desde que o pacote tenha boa apresentação. Isto só lá vai é com mais ASAES.
Agora baralhaste-me, Luis. Então como é que um Sr. Eng. precisa de explicações de 12° ano?... Tu... não me digas!... não pode ser! Era o Socas?
Não estou enervada, querida Sinapse. Apenas desabituada. Foi do choque.
Quando a nova vaga dos descobridores portugueses acabar com essas fantochadas, 'Anónimo'. Essas e outras como as fotocópias autenticadas, que é outra coisa que dá cabo de mim!
Oh doutora... não sei bem se vem ao caso, mas aqui vai:
Quando o corpo expedicionário português estava em França em 1918 a levar pancada perto do rio Lys, um francês que servia de contato (de interface, dir-se-ia agora) com os portugas (a única coisa que ele fazia era entregar o correio) reparou que as cartas dirigidas aos portugas (desde o soldado mais raso -- ou seja pronto a enviar para campa rasa -- ao oficial mais graduado) eram todas dirigidas a "Excelentíssimo Senhor....". Exemplo: "Excelentíssimo senhor segundo cabo Fulano Velasco de Tal".
O franciú achou a coisa estranha e comentou ao portuga de contato (o que recebia as cartas): "Eu pensava que vocês também tinham tido uma revolução contra os aristocratas..."
Responde o portuga: "Sim, nós também tivemos uma revolução. Mas enquanto vossemecês fizeram uma revolução para que não haja mais excelências, a nossa revolução foi para que todos sejamos excelências".
11 Comments:
Bem-vinda ao país real! ;)
Somos um povo que sobrevaloriza a aparência.
O caso extremo era um aluno meu a quem em tempos dei explicações de décimo segundo ano. Eu era o "Luís" (porque insisti em mandar o doutor às malvas) e ele era o Sr. Eng.
ó doutora, não se enerve!
Quando deixaremos o 3º mundo, pondo final à doutorice e à engenheirice?
Absolutamente de acordo, Maldonado. E que não se importa com o recheio, desde que o pacote tenha boa apresentação. Isto só lá vai é com mais ASAES.
Agora baralhaste-me, Luis. Então como é que um Sr. Eng. precisa de explicações de 12° ano?...
Tu... não me digas!... não pode ser! Era o Socas?
Não estou enervada, querida Sinapse. Apenas desabituada. Foi do choque.
Quando a nova vaga dos descobridores portugueses acabar com essas fantochadas, 'Anónimo'. Essas e outras como as fotocópias autenticadas, que é outra coisa que dá cabo de mim!
Essa das fotocopias autenticadas merecia um super-hiper post.
Nao só essa, como a autenticação de assinaturas.
"Ele" é cada historieta cá no Norte...
Oh doutora... não sei bem se vem ao caso, mas aqui vai:
Quando o corpo expedicionário português estava em França em 1918 a levar pancada perto do rio Lys, um francês que servia de contato (de interface, dir-se-ia agora) com os portugas (a única coisa que ele fazia era entregar o correio) reparou que as cartas dirigidas aos portugas (desde o soldado mais raso -- ou seja pronto a enviar para campa rasa -- ao oficial mais graduado) eram todas dirigidas a "Excelentíssimo Senhor....". Exemplo: "Excelentíssimo senhor segundo cabo Fulano Velasco de Tal".
O franciú achou a coisa estranha e comentou ao portuga de contato (o que recebia as cartas): "Eu pensava que vocês também tinham tido uma revolução contra os aristocratas..."
Responde o portuga:
"Sim, nós também tivemos uma revolução. Mas enquanto vossemecês fizeram uma revolução para que não haja mais excelências, a nossa revolução foi para que todos sejamos excelências".
Quem sabe, um dia, Claudette, quando for obrigada a entrar num qualquer cartório notarial...
Doutor João, é sempre um prazer ler as suas histórias. Continuação de boas férias, se for esse o caso.
parabens pelo blog, gostei bastante
Obrigada, Jorge, em meu nome e dos meus colegas do GR.
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