Mass media e políticas públicas
É interessante um certo olhar sobre a influência dos media na adopção de determinadas políticas públicas e o papel que, cada vez mais, desempenham os blogues nesta questão.
No final dos anos oitenta inícios de 90, lembro-me de alguns verões escaldantes e da preponderância de notícias sobre incêndios. Com alguma ironia alguns jornalistas segredavam-me: é pá nós andamos à procura dos incêndios como pão para a boca.
Como todos sabemos no Verão não acontece nada de relevante, os portugueses estão de férias ora com um orçamento limitado a 1.000 eur (já não falando dos que se limitam aos 500) e outros a 5.000 por dia.
Entre uns e outros a única diferença é que ambos são representantes de um ser que alguém dominou um dia humano.
O ser humano de férias observa as letras garrafais dos jornais neoliberais, conservadores, sociais democratas (há jornais socialistas em Portugal? para além dos inevitáveis?), indigna-se o tempo suficiente para um debate aceso com os amigos com quem resolveu partilhar as férias, despeja o fel suficiente para se sentir em paz com a consciência, corre alegremente até à onda tal e rapidamente se estende na areia a ler o record, a bola ou o correio da manhã.
Entretanto as notícias alarmantes sobre os crimes, violência urbana e assaltos estilo James Bond, ficam para a sociedade como case study e com multiplas direcções, entre as quais:
- a quem interessa a difusão maciça de crimes e de violência?
- que tipo de ideologias se encontram por detrás dos grandes impérios de comunicação social?
- de que forma irão influenciar a rentrée política?
Provavelmente depois de termos desgastado as pestanas em anos de estudo chegaremos à conclusão de que tudo não passou de uma certa ideia (des)concertada e de uma grande dose de contingência, as que harmonizam as seguintes variáveis: a luta pela medalha de ouro no podium, que é como quem diz os zeros na caixa registadora, e a rentrée política.
No final dos anos oitenta inícios de 90, lembro-me de alguns verões escaldantes e da preponderância de notícias sobre incêndios. Com alguma ironia alguns jornalistas segredavam-me: é pá nós andamos à procura dos incêndios como pão para a boca.
Como todos sabemos no Verão não acontece nada de relevante, os portugueses estão de férias ora com um orçamento limitado a 1.000 eur (já não falando dos que se limitam aos 500) e outros a 5.000 por dia.
Entre uns e outros a única diferença é que ambos são representantes de um ser que alguém dominou um dia humano.
O ser humano de férias observa as letras garrafais dos jornais neoliberais, conservadores, sociais democratas (há jornais socialistas em Portugal? para além dos inevitáveis?), indigna-se o tempo suficiente para um debate aceso com os amigos com quem resolveu partilhar as férias, despeja o fel suficiente para se sentir em paz com a consciência, corre alegremente até à onda tal e rapidamente se estende na areia a ler o record, a bola ou o correio da manhã.
Entretanto as notícias alarmantes sobre os crimes, violência urbana e assaltos estilo James Bond, ficam para a sociedade como case study e com multiplas direcções, entre as quais:
- a quem interessa a difusão maciça de crimes e de violência?
- que tipo de ideologias se encontram por detrás dos grandes impérios de comunicação social?
- de que forma irão influenciar a rentrée política?
Provavelmente depois de termos desgastado as pestanas em anos de estudo chegaremos à conclusão de que tudo não passou de uma certa ideia (des)concertada e de uma grande dose de contingência, as que harmonizam as seguintes variáveis: a luta pela medalha de ouro no podium, que é como quem diz os zeros na caixa registadora, e a rentrée política.
1 Comments:
Olá,
Gostei muito do seu blog e das suas idéias, temos muito em comum, pode ter certeza.
Visite o meu blog e veja o que acha dele, de repente você gosta.
leyomudeomundo.blogspot.com
Abraços Amigo!
Leyo!
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