segunda-feira, maio 12, 2008

Escola para a vida

Confesso que andei algum tempo sem ter uma posição definida sobre aquela questão dos alunos que deixam de chumbar por faltas. Pelo menos assim o diz o Estatuto do Aluno. Por um lado, já fui aluno e a ideia pareceu-me simpática, escolher os dias a que poderei ir às aulas, verificar na agenda se não tenho nada mais importante para fazer, ter nas mãos essa maravilhosa decisão sem me preocupar com as consequências directas da balda. Por outro lado, nunca fui professor e depois do que eles sofreram para tentarem fazer de mim um homem do amanhã (dada a diferença temporal o amanhã já foi ontem, estão a ver?) é injusto tirar-lhes essa decisão das mãos. Mas no meio desta incerteza fez-se luz. Estou a partir de hoje convictamente com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que afinal não é uma incompetente como dizem por aí, é uma visionária. Este regresso à razão aconteceu hoje de manhã quando li a notícia que diz que os deputados da bancada do PS no Parlamento já somam mais de 500 faltas, justificadas por trabalho político fora do hemiciclo e doença, mais grave ainda, os deputados do PSD ao que parece batem os do PS nesta matéria. Estão agora a ver a suprema jogada inteligente do Governo? Trata-se tão só de começar a preparar os nossos jovens para a árdua tarefa de serem os futuros deputados da República. Num caso e noutro está visto a ideia é a mesma, faltar não tem qualquer consequência directa.

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