quarta-feira, fevereiro 13, 2008

A palavra e as coisas

Imagem: Markku Lahdesmaki

Pedro Correia, “instigado” pela Leonor, lançou este repto. Como todas as coisas têm um início, devo começar por confessar que nada me move contra as palavras – gosto de todas, sem qualquer excepção. O que posso não apreciar [tanto], por vezes, é o contexto em que as mesmas são empregues. Mas aceito com gosto o desafio e passo a distinguir dez palavras pelas quais, no contexto adequado, nutro uma particular empatia: gosto da palavra “viver”, porque tem como referente a existência; “amar”, porque é o verbo que dá todo o sentido à vida; “imaginação”, porque só tem os limites próprios de cada indivíduo; “liberdade”, mesmo nos casos em que não rima com “responsabilidade”; “Portugal”, porque, apesar de tudo, é a minha pátria [ou “país” para o pessoal de esquerda – não pretendo ferir quaisquer susceptibilidades com este post]; “mar”, porque gosto de o sentir perto de mim – gosto particularmente do cheiro e do som que emana; “sol”, porque ilumina e aquece – mesmo os textos mais sombrios; “chocolate”, porque é doce e alimenta; “vinho”, porque mata a sede e embriaga; e gosto da palavra “sexo”, porque leva um xis antes do ó.


Como este é um daqueles desafios tipo corrente, e como não quero ser responsabilizado por a quebrar, lanço este mesmo repto a Pedro Santana Lopes e a Vital Moreira, mas com uma "ligeira" dificuldade acrescida: Santana Lopes não vai poder optar pelas palavras “Primeiro-ministro”, “governar” e “liberalismo”; já Vital Moreira, não vai poder eleger as palavras “Constituição”, “socialismo” e “Estado”. Será que vão ser capazes?

Etiquetas: , ,

Partilhar