segunda-feira, janeiro 07, 2008

Luiz Pacheco

Morreu o Pacheco. O escriba sem medo, o maldito, o bendito, o sacripanta, o pelintra, o míope, o desbocado, o crava, o madraço, o arrasa-livros, o salva-livros, o editor extremoso, o pai aflito, o prosador desassombrado, o lúbrico, o chico-esperto, o espalha-brasas, o fura-vidas, o franco-atirador, o asmático que berrava, o trafulha, o remetente de cartas intermináveis e outras fúrias epistolares, o abjeccionista, o lírico inesperado, o procrastinador, o coscuvilheiro, o crítico que atirava à cara tudo o que tinha a dizer, o marginal, o amigo da onça, o polemista sem meias medidas, o hiper-lúcido, o inimputável, o português mais português de Portugal (no seu jeito malandro de oscilar entre a grandeza e a miséria).



no Bibliotecário de Babel

Partilhar

LeonorBarros às segunda-feira, janeiro 07, 2008

0 Comments:

Enviar um comentário

Voltar à Página Inicial

Porquê?


    Estou no blog.com.pt - comunidade de bloggers em língua portuguesa
© Geração Rasca 2005-2011