quinta-feira, novembro 22, 2007

E as crianças, senhor?

Dizem os pedopsiquiatras que a decisão recente de entregar Esmeralda ao pai biológico põe a criança em risco. Neste caso mediático, mais uma vez envolvendo crianças, ainda não consegui vislumbrar comportamento por parte dos adultos que não tenha posto a criança em risco. Desde lhe ter sido mudado o nome, ter sido sequestrada pelos próprios pais afectivos, estranho comportamento para quem ama uma criança e privada do seu ambiente natural, supostamente seguro e familiar, até andar como bola de ping-pong entre os tribunais, os pais afectivos e os biológicos, todo este circo me parece ter um único móbil: satisfazer os direitos e frustrações dos adultos a quem esta pobre criança foi infelizmente entregue ou de quem se encontra dependente afectiva e biologicamente. Se dúvidas houvesse, a mais recente tirada do pai afectivo é ilustrativa do desequilíbrio que grassa neste caso infindável, agravado por um penosamente longo e pouco sensato processo judicial. Não é, pois, ser preciso ser psiquiatra, pedopsiquiatra ou ter um QI acima da média para perceber que, neste caso, a criança é quem conta menos. O coração aberto chegará.
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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e quantas esmeraldas não televisionadas não pulularão por este país fora?

quinta-feira, novembro 22, 2007 9:19:00 da tarde  
Blogger LeonorBarros said...

Ora bem...

quinta-feira, novembro 22, 2007 10:02:00 da tarde  
Blogger menina-m said...

muito muito muito obrigada por dizer exactamente o que eu acho. esta gente é doente. toda ela. mas agora, como ficamos? cumpre-se a lei ou começa-se a abrir excepções?

sexta-feira, novembro 23, 2007 1:54:00 da manhã  
Blogger LeonorBarros said...

Infelizmente que assim é, Mariana. Neste caso, aprece que ninguém tem sensatez suficiente e que só penasm mesmo em si.
Obrigada

sexta-feira, novembro 23, 2007 1:35:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ainda não há muito tempo foi julgada no norte do país uma mulher que raptou uma criança recém-nascida numa maternidade e tratou irrepreensivelmente dela durante cerca de um ano. Para aquela criança aquela mulher era a sua mãe e teve que mudar de família.
A raptora tratou muito bem a menina e tem uma situação económica muito mais confortável do que a verdadeira mãe que é pobre, tem vários filhos e até já tinha dado um irmão mais velho para adopção. Lá por isso ninguém ousaria defender que a criança deveria ficar com aquela mulher porque seria melhor prá criança.
Poder-se-á argumentar que a menina a que me refiro tem apenas um ano enquanto que a Esmeralda tem cinco. Nessa lógica, se o rapto só tivesse sido descoberto passados cinco anos também seria conveniente que a menina permanecesse com a raptora POR RISCO DE TRAUMA E NO INTERESSE DA CRIANÇA?

Zé da Burra o Alentejano!

sexta-feira, novembro 23, 2007 2:33:00 da tarde  

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