Diário de Bordo
Andar em alto mar sem tecnologia de ponta tem que se lhe diga.
O problema reside, essencialmente, no analfabetismo funcional, isto no que diz respeito à análise do conteúdo das mensagens.
Essas mensagens são aparentemente claras.
O eufemismo "aparentemente" é plenamente assumido.
A vantagem/desvantagem do navegar reside apenas no facto de ser uma espécie de exílio empirista, uma nadinha racional.
Esclarecimento importante, navegar no sentido de aprender a conduzir um barco sem:
- chocar com icebergs,
- ir ao fundo,
- abalroar petroleiros,
- ser abalroada,
- conhecer o sentido da palavra "critérios".
Ora bem, é muito importante fazer-me entender.
Racionalismo no sentido em que é importante conhecer as técnicas de navegação, mas por favor, não me expliquem a "teoria das cebolas voltaicas" nas aulas de "Técnicas de Navegação", a malta apenas quer aprender a navegar. Enfim, queremos aprender a navegar navegando. Quanto ao racionalismo, assumimos que somos suficientemente inteligentes para lermos a interessantíssima "teoria das cebolas voltaicas" futuramente. O mar é um excelente veículo para a aprendizagem forçada.
De todos os conhecimentos futuramente importantes, parece-me evidente que, depois das aulas ministradas através da tele-escola "parlamento", ficámos um nadinha "baralhados" com o significado da palavra: "critérios".
Quando o prof "definiu" a palavra pretendeu dizer-nos o quê?
Critérios de navegação são metodologias de avaliação das seguintes formas de navegação:
- navegar sem noções de navegação;
- a navegar é que aprendemos a pensar sobre a melhor forma de navegar;
- a pensar é que aprendemos a navegar;
- o capitão sabe navegar e mais ninguém precisa de saber ler as estrelas;
- as estrelas estão ali para baralhar a navegação;
- o mundo já foi todo descoberto e não venham cá ensinar missa ao prof.
A esta altura do campeonato, depois da ligeira "indisposição" no campo mais aquecido do planeta, é perceptível o estado deplorável em que me encontro?
O Carroll* faz, por tudo isto, todo o sentido!
* - "A Caça ao Snark" de Lewis Carroll, uma obra prima do non-sense e da imaginação, sem esquecer a extraordinária criatividade das palavras-mala: Snark (caracol/cobra + tubarão). Existe uma tradução portuguesa publicada pela Assírio & Alvim.
O problema reside, essencialmente, no analfabetismo funcional, isto no que diz respeito à análise do conteúdo das mensagens.
Essas mensagens são aparentemente claras.
O eufemismo "aparentemente" é plenamente assumido.
A vantagem/desvantagem do navegar reside apenas no facto de ser uma espécie de exílio empirista, uma nadinha racional.
Esclarecimento importante, navegar no sentido de aprender a conduzir um barco sem:
- chocar com icebergs,
- ir ao fundo,
- abalroar petroleiros,
- ser abalroada,
- conhecer o sentido da palavra "critérios".
Ora bem, é muito importante fazer-me entender.
Racionalismo no sentido em que é importante conhecer as técnicas de navegação, mas por favor, não me expliquem a "teoria das cebolas voltaicas" nas aulas de "Técnicas de Navegação", a malta apenas quer aprender a navegar. Enfim, queremos aprender a navegar navegando. Quanto ao racionalismo, assumimos que somos suficientemente inteligentes para lermos a interessantíssima "teoria das cebolas voltaicas" futuramente. O mar é um excelente veículo para a aprendizagem forçada.
De todos os conhecimentos futuramente importantes, parece-me evidente que, depois das aulas ministradas através da tele-escola "parlamento", ficámos um nadinha "baralhados" com o significado da palavra: "critérios".
Quando o prof "definiu" a palavra pretendeu dizer-nos o quê?
Critérios de navegação são metodologias de avaliação das seguintes formas de navegação:
- navegar sem noções de navegação;
- a navegar é que aprendemos a pensar sobre a melhor forma de navegar;
- a pensar é que aprendemos a navegar;
- o capitão sabe navegar e mais ninguém precisa de saber ler as estrelas;
- as estrelas estão ali para baralhar a navegação;
- o mundo já foi todo descoberto e não venham cá ensinar missa ao prof.
A esta altura do campeonato, depois da ligeira "indisposição" no campo mais aquecido do planeta, é perceptível o estado deplorável em que me encontro?
O Carroll* faz, por tudo isto, todo o sentido!
* - "A Caça ao Snark" de Lewis Carroll, uma obra prima do non-sense e da imaginação, sem esquecer a extraordinária criatividade das palavras-mala: Snark (caracol/cobra + tubarão). Existe uma tradução portuguesa publicada pela Assírio & Alvim.
Etiquetas: Elisabete no mundo das fadas, Lewis Carroll
1 Comments:
Eu cá voto nesta: "o capitão sabe navegar e mais ninguém precisa de saber ler as estrelas"
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