quarta-feira, outubro 03, 2007

O poder das palavras

O gerúndio foi proibido no Brasil. Ao que parece o tempo verbal indiciava a ineficiência, a calmaria de algo que não se faz de imediato, mas se está fazendo. E fiquei a pensar: algo que se está tratando, não se trata, é um facto, e, assim sendo, corre-se o risco de cair para sempre nas malhas desse tempo contínuo, arrastado pela lânguidez dos dias sem chegar a términus algum. As palavras não são apenas palavras, são formas de agir e, quando as formas de agir não servem, pode começar-se também pelas palavras.

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8 Comments:

Blogger menina-m said...

postei o mesmo, já estava a ver que não iam dizer nada por estes lados...

quarta-feira, outubro 03, 2007 10:51:00 da tarde  
Blogger LeonorBarros said...

Achei muita piada à notícia, embora reaja mal a este tipo de proibições.

quarta-feira, outubro 03, 2007 11:05:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Mariana, nem tanto à terra nem tanto ao mar ...

quinta-feira, outubro 04, 2007 3:38:00 da manhã  
Blogger Pitucha said...

Leonor
Essa de irem por aí proibindo a língua, toldando-lhe o movimento, castrando-lhe a evolução, só pode vir de políticos... estão ficando longe da realidade mesmo!
Beijos

quinta-feira, outubro 04, 2007 7:34:00 da manhã  
Blogger Fábula said...

será que o português deles vai, finalmente, começar a parecer-se com o nosso? :)

quinta-feira, outubro 04, 2007 9:29:00 da manhã  
Blogger Dinada said...

Atão e agora, o alentejo? hã? cuméque fica? Sózinho no gerúndio? Ó o acordo ortográfico vai meter-se nisto, hã?

Pensaaaando...

quinta-feira, outubro 04, 2007 10:49:00 da manhã  
Blogger LeonorBarros said...

Fábula, espero bem que não. Eu gosto do Português do Brasil. A riqueza neste caso vem da diferença, se o Português do Brasil se perdesse seria uma catástrofe para os amantes da literatura brasileira, para mim, portanto, além de outras questões que dariam uma tese.

É proibido proibir :-)

Bjs

quinta-feira, outubro 04, 2007 12:43:00 da tarde  
Blogger ana v. said...

Os cortes na língua doem que se fartam. E há coisas que são mesmo para se ir fazendo devagar, sem pressas.

beijos

sexta-feira, outubro 05, 2007 12:56:00 da manhã  

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