O rapaz do meu clube de vídeo
Na província também há clubes de vídeo.
O dono do meu clube de vídeo é um rapaz de 19 anos tardios.
Gosto imenso de conversar com ele.
Sobre cinema, claro.
É um relações públicas perfeito e recomenda as novidades consoante as simpatias cinéfilas dos seus clientes.
Há filmes que eu nunca veria se ele não os sugerisse, tenho a mania de os escolher ou por terem ganho a estatueta de Hollywood, pouco de Cannes ou Veneza, pela crítica de cinema, por conhecer o actor, actriz ou por um amigo o ter recomendado.
Não sou assim tão cinéfila.
E detesto filmes com argumentos sem pés nem cabeça, mau som, péssima imagem e que os críticos de cinema nos vendem como se se tratasse da 8.ª maravilha do Universo.
No outro dia assisti a uns minutos de um filme de João César Monteiro, num dos canais televisivos, e questiono-me, ainda hoje, porque será considerado uma obra prima.
Mas gosto de cineastas queridos pela crítica.
Se me obrigassem a escolher elegeria Almodóvar.
Sim, Almodóvar e os seus pós mágicos de:
- lamechismo
- vida quotidiana
- pessoas reais
- situações surrealistas
- actores bonitos e feios
- emoção
- música audível e decente
- violência trágica
Tarantino poderá ser o segundo, pois às características anteriores poderemos substituir só o tipo de violência, a do cineasta americano é gratuita.
Para além de ter alimentado a sua adolescência com filmes de categoria B, Tarantino deve ter lido exaustivamente Flannery O'Connor.
O rapaz do meu clube de vídeo gosta de bom cinema, como eu.
Contudo, no outro dia, cometeu a imprudência de me dizer que tinha ido ao cinema ver o Mr. Bean.
Os meus olhos arregalaram-se, mas compreendi-o:
- é a minha Joana, sabe, eu gostava de ter ido ver o "X", mas ela só gosta deste tipo de filmes ou de comédias românticas.
Ouvi semelhante frase e cheguei a uma conclusão brilhante:
a maior parte das pessoas casadas, juntas - ou qualquer outro tipo de relacionamento que vos arrefeça o pensamento - são muito mais tolerantes do que as celibatárias.
O dono do meu clube de vídeo é um rapaz de 19 anos tardios.
Gosto imenso de conversar com ele.
Sobre cinema, claro.
É um relações públicas perfeito e recomenda as novidades consoante as simpatias cinéfilas dos seus clientes.
Há filmes que eu nunca veria se ele não os sugerisse, tenho a mania de os escolher ou por terem ganho a estatueta de Hollywood, pouco de Cannes ou Veneza, pela crítica de cinema, por conhecer o actor, actriz ou por um amigo o ter recomendado.
Não sou assim tão cinéfila.
E detesto filmes com argumentos sem pés nem cabeça, mau som, péssima imagem e que os críticos de cinema nos vendem como se se tratasse da 8.ª maravilha do Universo.
No outro dia assisti a uns minutos de um filme de João César Monteiro, num dos canais televisivos, e questiono-me, ainda hoje, porque será considerado uma obra prima.
Mas gosto de cineastas queridos pela crítica.
Se me obrigassem a escolher elegeria Almodóvar.
Sim, Almodóvar e os seus pós mágicos de:
- lamechismo
- vida quotidiana
- pessoas reais
- situações surrealistas
- actores bonitos e feios
- emoção
- música audível e decente
- violência trágica
Tarantino poderá ser o segundo, pois às características anteriores poderemos substituir só o tipo de violência, a do cineasta americano é gratuita.
Para além de ter alimentado a sua adolescência com filmes de categoria B, Tarantino deve ter lido exaustivamente Flannery O'Connor.
O rapaz do meu clube de vídeo gosta de bom cinema, como eu.
Contudo, no outro dia, cometeu a imprudência de me dizer que tinha ido ao cinema ver o Mr. Bean.
Os meus olhos arregalaram-se, mas compreendi-o:
- é a minha Joana, sabe, eu gostava de ter ido ver o "X", mas ela só gosta deste tipo de filmes ou de comédias românticas.
Ouvi semelhante frase e cheguei a uma conclusão brilhante:
a maior parte das pessoas casadas, juntas - ou qualquer outro tipo de relacionamento que vos arrefeça o pensamento - são muito mais tolerantes do que as celibatárias.
3 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Acho que o rapaz se desculpou de forma bastante esfarrapada. No seu estilo, Mr. Bean é o melhor. Naturalmente que Tarantino e Almodóvar são, igualmente, os melhores, no seu estilo.
O que tem de ser tem muita força.
Pobre rapaz eu não aguentava o Mr Bean :((((
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