Dalai Lama
Chega a ser revoltante tanta cobardia política junta para não se receber o Dalai Lama. Cavaco e Sócrates no presente, Guterres e Sampaio no passado, se bem que este último ainda teve mui "feliz coincidência" e alguma coragem de o encontrar enquanto visitava um museu, vergam-se ao peso da economia chinesa. Não têm coragem de receber uma pessoa que um regime ditatorial e desrespeitador dos mais elementares direitos humanos considera um perigoso separatista, não porque achem verdadeira aquela acusação, mas porque a China em termos económicos é um gigante emergente. A haver coerência, da próxima vez que uma delegação chinesa visitasse o país, não deveria ser recebida ao mais alto nível até que parassem os atropelos aos direitos humanos. Finalmente, ao darem as desculpas hipócritas de «agendas preenchidas» estão a contribuir para que a China se ache no direito de dar raspanetes e lições de democracia, como os célebres "puxões de orelhas" que Sampaio levou por se encontrar com o Dalai Lama no museu. A situação é o expoente máximo dessa coisa obtusa chamada de politicamente correcto, mas é também uma enorme desconsideração pela nossa democracia. Pensam que por serem obedientes aos ditames asiáticos conseguem num futuro próximo mais uns não sei quantos contratos económicos. Mas, na economia como na vida, ninguém respeita nem pensa por um segundo sequer nos fracos de carácter, porque o primeiro passo para os outros nos respeitarem é respeitarmo-nos a nós mesmos.
2 Comments:
Não sbia disto. Concordo contigo.
Beijos
Sabe que acho que esse acto, mais pela simbologia do que por ter sido grande feito, foi, talvez a unica coisa de jeito que Sampaio terá feito em 10 anos de mandato, talvez somasse a isso os seus discursos em inglês, mais pela dicção e pronúncia do que pelo conteúdo e sua importância...
Fazemos o mesmo,ou pior, a título de exemplo, com Eduardo dos Santos, a quem "lambemos as nalgas" como se tratasse de um nobre chefe de estado de uma nação exemplo de democracia e respeito pelos direitos humanos. Pilim, caro Malmoro, Pilim faz o mundo rolar. Roll with it!
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