José Afonso on the road
Vinte anos após a sua morte, José Afonso é tema de capa dos media, da outra esfera.
Com o mais famoso e digno cantor de intervenção já vivi alguns momentos conturbados.
Logo após o 25 de Abril em pleno, depois comecei a considerá-lo propriedade de uma certa esquerda, com a qual não me identificava, durante alguns anos um longo afastamento e agora, finalmente, capaz de perceber o quanto a sua contribuição foi importante, a todos os níveis, para a música portuguesa.
[A maturidade também se alcança].
Em José Afonso a letra quer dizer infinitamente muito mais do que o que aparentemente lá está, ao mesmo tempo que a música passeia pelas raízes populares.
Nos dias de hoje não tenho dúvidas: José Afonso é um dos maiores acervos musicais do nosso país e deve ser "festejado" por todos os quadrantes.
Apesar de hoje ter ouvido alguém, na Antena 1, dissertar sobre a intemporalidade e não alinhamento de José, pretendendo torná-lo só seu. Não percebendo, enfim, que das suas palavras (do comentador) apenas se retiram ideologias e muito contrariamente ao apregoado, José está para lá de qualquer "encaixe" ideológico: ele é "apenas" património da humanidade!
Deixo-vos com uma das minhas preferidas:
Fui à beira do mar
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Logo após o 25 de Abril em pleno, depois comecei a considerá-lo propriedade de uma certa esquerda, com a qual não me identificava, durante alguns anos um longo afastamento e agora, finalmente, capaz de perceber o quanto a sua contribuição foi importante, a todos os níveis, para a música portuguesa.
[A maturidade também se alcança].
Em José Afonso a letra quer dizer infinitamente muito mais do que o que aparentemente lá está, ao mesmo tempo que a música passeia pelas raízes populares.
Nos dias de hoje não tenho dúvidas: José Afonso é um dos maiores acervos musicais do nosso país e deve ser "festejado" por todos os quadrantes.
Apesar de hoje ter ouvido alguém, na Antena 1, dissertar sobre a intemporalidade e não alinhamento de José, pretendendo torná-lo só seu. Não percebendo, enfim, que das suas palavras (do comentador) apenas se retiram ideologias e muito contrariamente ao apregoado, José está para lá de qualquer "encaixe" ideológico: ele é "apenas" património da humanidade!
Deixo-vos com uma das minhas preferidas:
Fui à beira do mar
Fui à beira do marletra
Ver o que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao longe me dizia
Ó cantador alegre
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia
Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia
Desde então a bater
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo
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2 Comments:
Na onda das homenagens, o Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) fecha amanhã (sábado) à noite um programa de eventos dedidado a Zeca Afonso. O homenageado e os homenageadores puxam-me, assim, mais a norte amanhã:
Dia 24 | CONCERTO | 21h30
tributo a José Afonso - “MAIO MADURO MAIO”
(JOSÉ MÁRIO BRANCO, AMÉLIA MUGE E JOÃO AFONSO)
Preço: 15,00 € (ainda há bilhetes)
www.ccvf.pt
Já 20 anos? Queres tu dizer que eu estou 20 anos mais velha?
Buááá
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