quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Colisão (on the road)

O cinema é um dos meus hobbies preferidos.
Gosto da sala escura e da imensidão da tela. Já por lá vivi alguns momentos inesquecíveis.
- António Variações vestido de verde alface no Apolo 70.
- O salto intempestivo da cadeira num momento de Apocalipse Now, ainda no Apolo 70.
- A impressão irrealista do neon em "One From the Heart" e Waits a cantar "Broken Bycicles".
- O primeiro filme da minha vida "A filha de Ryan" no Monumental.
- Alguns momentos intrigantes visualizando "A Amante do Tenente Francês".
- Neil Young e "Rust Never Sleeps" no Quarteto e a corrida meterórica em vias de um LP.
- "Era uma vez na América" no Tivoli de Coimbra e a companhia de uma velhinha para quem a irrealidade de uma história é difícil de suportar.
- "Ray" e a elasticidade mental de ouvir numa língua e ler as legendas noutra.
- A solidão de "Meryl Sreep" em "Prada"
e muito recentemente a tensão, já por mim experimentada, de viver numa cidade onde o multiculturalismo é antónimo de integração. Essa tensão é extremamente bem retratada em "Colisão". O desconforto, o stress, a correria, a desestruturação da sociabilidade, esbarram nas crenças de cada personagem e, infelizmente, ninguém é inocente.
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