sexta-feira, janeiro 12, 2007

PAULA RÊGO


Os meus mais sinceros parabéns a uma carreira brilhante, motivo de orgulho para quem se sente português e amante da pintura e das artes em geral.


Ontem na Sic, uma entrevista que se destinava à cobertura do lançamento do seu tríptico Vanitas, Paula Rêgo mostrou não só a sua contínua produtividade artística como também uma faceta própria de quem lida com suposições e interpretações livres.


Um quadro é uma imagem sujeita a interpretações variadas consoante o sujeito, e Paula Rêgo assumiu em directo um episódio singular da sua humildade e da sua abertura quase que ingénua para discussão temática sobre a sua nova obra.


A repórter, numa série de suposições que irritariam qualquer artista, pergunta no meio da conversa que, segundo as suas palavras, não se podia ver a morte não como um fim mas como eterna, isto porque não se mata a morte.


Paula rêgo, de boca aberta, repetia: " ah, pois é!" " olhe que foi você que inventou isto!" "ah pois é!". e numa atitude que nunca vi em nenhum artista, em directo construiu com a repórter, um novo tema para interpretar os quadros que ela pintou e que ali esperavam a sua 1ª exposição.


imagino o Ego daquela repórter.


- criou um significado de um quadro de Paula Rêgo, com Paula Rêgo!


O mais impressionante foi a necessidade de P.R. tornar claro várias vezes que a interpretação era muito boa, e que a autoria não era dela mas sim da repórter. Quase como a dizer... este quadro agora também é teu! E obrigado!
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