sábado, janeiro 27, 2007

E o quê da alienação?


É com alguma mágoa que me confesso uma alienada, gosto dos pontos nos i's, para que um dia destes, o caríssimo leitor, não me aponte a bandeira da incoerência, mas também gosto de pessoas incoerentes.
Questiona-se: e o quê da alienação?
O meu quê resume-se a falta de compreensão e míngua de faculdade de interpretação.
O cabo adoptivo, o islão, o aborto, o desrespeito por Portugal, a inexistência de brio profissional, o correcto, enfim...
O mundo, é verdade, sempre foi um desassossego.
E o alvoroço reveste-se em palavras, e alguns, desventurados, postularam ousadamente uma interpretação.
E, inflamadamente, o ser humano também se guarnece de pensamento e acção.
Todos nos enganamos, muito, a respeito de credos, bastos.
A humildade é inimiga do conhecimento e da condição humana.
Por isso, perante determinadas questões, nos afogueamos, espezinhamos e aspamos, mutuamente, e tudo isto passa por algum exercício de vaidade, deveras legítimo, afinal todos temos espelhos, pelo menos na alma.
A alienação surge porque não me interessam a maior parte das questões que incendeiam a comunicação, é uma fase, acreditem, também tenho o meu quê de desalento, e de exercício de vaidade, e de interpelação do mundo, e, muitas vezes, de uma forma bastante pesarosa.
Mas não se engane, caríssimo leitor, tudo isto é só porque hoje espertei assim!

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