Quero um País sem Rumo!

"O país precisa de um rumo", ouvimos nós dizer todos os dias a quem sabe bem qual a "solução" para a choldra. Ora, o país precisa de tudo menos de um rumo. O rumo é sempre uma coisa que cada um tem de saber escolher para si e, no máximo, para os seus. O país inteiro com um só rumo é coisa de revoluções culturais, revoluções raciais e democracias musculadas.

Em vez de rumos, pensemos em formas de aumentar a liberdade para cada um decidir o seu rumo e mudar quantas vezes quiser ou até andar à deriva, se gostar e tiver estofo para isso. Pensemos em formas de sermos livres para errar as vezes que for preciso. Em formas para termos um país normal, não muito excitante, que não pensa em revoluções, mas em que cada um de nós pode ser o que quiser e puder (feliz, arrogante, falhado, intelectual, pedreiro, tudo isto ao mesmo tempo ou coisa nenhuma) sem que o rumo dos outros o atropele.

Intendência: "Sou separatista para não ser nacionalista."