a ERC e os problemas da objectividade
O pressuposto é aceitarmos a existência da Entidade Reguladora da Comunicação (ERC).
Os dados são:
- peça jornalística de Eduardo Cintra Torres (ECT) apontando o "lápis" censor a um membro do governo, segundo o director d'O Público, alguém tentou "corrigir" alguma informação na RTP.
- a ERC responde avaliando e discordando.
- ECT escreve um texto jornalístico "objectivo" sobre a "ERC" e, uma vez mais, os fantasmas da censura.
- a ERC termina o diálogo "picaresco" com o comunicado linkado no título deste post.
Reflexões:
- a ERC é uma entidade que deverá "dedicar" alguma atenção à "objectividade" da sua comunicação, as afirmações que se lêem a partir do ponto 11, do referido comunicado, poderão ser consideradas como tal?
Nomeadamente em:
"11. Pode, no entanto, o Director do jornal "Público" ficar descansado"
e em:
"12. Registada que fica a sua enorme "coragem" e arrojo de lutador pela liberdade (demonstrados e bem expressos no editorial de 8 de Dezembro de 2006), não será necessário que alguém, quem quer que seja, passe por cima dele para "censurar" artigos de opinião."
- Ficar "descansado"? O jornalista deverá ficar descansado de quê? Poderemos "subentender" neste "descansado" uma atitude arrogante da ERC? Uma atitude de preocupação no que concerne à actividade jornalística, afinal uma profissão demasiado stressante? Ou que tipo de "descanso" deveremos esperar das comunicações da ERC em relação à classe jornalística?
- "Registada que fica a sua enorme "coragem""? Como deveremos interpretar esta "coragem"? É uma coragem corajosa? Do tipo: alguém afrontou uma entidade pública e a partir de agora será necessário algum "respeitinho" pois existe a ERC?
A ERC deveria possuir alguma formação jornalística de base, já que pretende avaliar o comportamento "escrito" da classe.
Ora se emite comunicados com alguns pontos, daquele género (a partir do ponto 11), corre o risco de cair num tipo de erro avesso ao fundamento da sua existência.
Isto é, existir com a função de limitar os excessos "emocionais" do jornalismo, mas ela própria se dar ao luxo de se "emocionar" com a "emoção" dos seus potenciais clientes.
Os dados são:
- peça jornalística de Eduardo Cintra Torres (ECT) apontando o "lápis" censor a um membro do governo, segundo o director d'O Público, alguém tentou "corrigir" alguma informação na RTP.
- a ERC responde avaliando e discordando.
- ECT escreve um texto jornalístico "objectivo" sobre a "ERC" e, uma vez mais, os fantasmas da censura.
- a ERC termina o diálogo "picaresco" com o comunicado linkado no título deste post.
Reflexões:
- a ERC é uma entidade que deverá "dedicar" alguma atenção à "objectividade" da sua comunicação, as afirmações que se lêem a partir do ponto 11, do referido comunicado, poderão ser consideradas como tal?
Nomeadamente em:
"11. Pode, no entanto, o Director do jornal "Público" ficar descansado"
e em:
"12. Registada que fica a sua enorme "coragem" e arrojo de lutador pela liberdade (demonstrados e bem expressos no editorial de 8 de Dezembro de 2006), não será necessário que alguém, quem quer que seja, passe por cima dele para "censurar" artigos de opinião."
- Ficar "descansado"? O jornalista deverá ficar descansado de quê? Poderemos "subentender" neste "descansado" uma atitude arrogante da ERC? Uma atitude de preocupação no que concerne à actividade jornalística, afinal uma profissão demasiado stressante? Ou que tipo de "descanso" deveremos esperar das comunicações da ERC em relação à classe jornalística?
- "Registada que fica a sua enorme "coragem""? Como deveremos interpretar esta "coragem"? É uma coragem corajosa? Do tipo: alguém afrontou uma entidade pública e a partir de agora será necessário algum "respeitinho" pois existe a ERC?
A ERC deveria possuir alguma formação jornalística de base, já que pretende avaliar o comportamento "escrito" da classe.
Ora se emite comunicados com alguns pontos, daquele género (a partir do ponto 11), corre o risco de cair num tipo de erro avesso ao fundamento da sua existência.
Isto é, existir com a função de limitar os excessos "emocionais" do jornalismo, mas ela própria se dar ao luxo de se "emocionar" com a "emoção" dos seus potenciais clientes.
3 Comments:
Pelo menos nesta questão da avaliação da "idependência" política do serviço público o Pacheco Pereira tem alguma razão.
Como os elementos da ERC são escolhidos pelos partidos não é verosímil que estes não sejam ou possam ser prisioneiros de jogos políticos.
Conclusão: pelo menos no que respeita à avaliação da independência do serviço público, não faz muito sentido a ERC ter as competências que tem.
Luis,
concordo contigo só parcialmente, pois parece-me necessária a existência de algum bom senso e espírito ético no jornalismo, algo q deixa mto a desejar em alguns jornalistas.
Qto à ERC tenho dúvidas se será esse o caminho.
Contudo o post não entra por aí, entra pela objectividade q é fundamental neste tipo de organismos.
Ó pra mim a mostrar que também me consigo fechar em copas ...
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