domingo, dezembro 31, 2006

Diálogos conjecturáveis

AN - Posso entrar? diz ele a medo e duvidando das reacções.
AV - Sim, já tardava, foi-se o meu tempo e eu estou extremosamente profuso.
AN - Ai é? Dê-me umas dicas para saber lidar com isto.
AV - Dicas? Ó homem se você não trouxer sapiência satisfatória...
AN - Eu venho de Oxford, portanto sabedoria não me falta, preciso apenas de uma análise prática, estatísticas davam um certo jeito.
AV - Eu? Demasiado remoto para interpretações anuentes.
AN - Vá lá, ao menos uma check list.
AV - Esse é um termo bem atraente, aprendi-o há pouco e olhe dá imenso arranjo, ao menos divisa-se a actuação.
AN - Ok, new ideas: educacão, cultura, profissão, leitura?
AV - Ó rapazinho, essa lista coexiste connosco pacificamente há algumas dezenas.
AN - Eu estou cá pra mudar o mundo, portanto, vá lá, correu mal o quê?
AV - Os representantes políticos são designados pelo povo, o povo pondera e conclui: os representantes políticos não nos representam!, a representatividade dos políticos é a eleição e na política ganha-se muito ou pouco dinheiro, depende da espécime de contemplação.
AN - Ó tiozinho, há uma execração de paraísos por aí, tire umas férias.
AV - Pois é rapaz, às vezes embaralha-se-me o entendimento. Vá lá, entre, beba um copo e depois enfoque muito afincadamente: - a última rodada caiu-me tão mal! - e governe, desgoverne e festeje.
AN - Eu acredito no meu país, eu acredito em mim, eu acredito na juventude, eu acredito nos jovens, eu acredito. Eu acredito! Eu acredito! Eu acredito!
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