terça-feira, outubro 24, 2006

públicas virtudes

Ela - Desculpe, mas não vou poder assistir, esta madrugada morreu a minha avó - olhos lacrimejantes - Não vou poder ficar para a sessão final.
A outra atrapalhada - Os meus sentimentos, nestas alturas as palavras escondem-se em lugares incertos, pouco poderemos dizer, inevitável!
Ela - Vou embora agora com o meu Abílio, vamos de carro.
A outra - Tenha cuidado com as lágrimas, desviam-nos da rota.
Ela - O meu Abílio conduz devagarinho. Não é como esses assassinos que conduzem ali toda a sua frustração.
A outra - É incrível e com pandeiretas a pedir reforma.
Ela - E os outros? Os dos "papa-reformas"? Esses então fazem cada manobra perigosa...
A outra - São horas de entrar, vou indo, então os meus sentimentos e até breve.
Ela - Peço desculpa mais uma vez!
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3 Comments:

Blogger Unknown said...

Este é um assunto interessantíssimo, a vida é também feita destas coisas e eu na minha família tenho uma dose de fazer inveja e chorar por mais.

terça-feira, outubro 24, 2006 7:52:00 da tarde  
Blogger Nancy Brown said...

é verdade, é nestas horas q me sinto verdadeiramente felliniana.

terça-feira, outubro 24, 2006 7:56:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nancy:

Fellini, em boa verdade, conheço muito mal.

No entanto a minha referência nesta matéria é italianíssima, o Cinema Paradiso. Este Natal revi o filme, lembro-me que chorei tanto e ri tanto que à custa de uma pequeno problema muscular que já tinha antes de ver o filme fiquei paralisado da cintura para cima durante uma noite e boa parte do dia seguinte. Literalmente, até respirar me doia.

terça-feira, outubro 24, 2006 8:20:00 da tarde  

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