segunda-feira, outubro 30, 2006

O'QueStrada

Na semana passada, finalmente, assisti a uma actuação dos O’QueStrada, desta feita integrada nas “Quintas de Leitura” do Teatro do Campo Alegre (no Porto). Luzes coloridas atravessam o tecto da sala, a fazer lembrar as festas populares. “Sobe” ao palco apenas um músico, com uma bacia, um pau e uma corda. Bacia pousada no chão virada para baixo, pau espetado na bacia e corda esticada ao longo do pau... et voilà, um contra-bacia! – uma espécie de contrabaixo artesanal com uma só corda. Iniciam-se as musicalidades com um solo desta coisa acompanhado de uma letra em francês. Junta-se uma guitarra portuguesa, que foi tocada de todas as maneiras possíveis e imaginárias, desde o tradicional dedelhar ao toque com um arco de violino. Uma voz feminina meio fadista meio não sei o quê entra gingona e trocista colorindo um pouco mais a pintura. Uma guitarra tocada com força acelera os ritmos, e uma voz masculina grossa, saída bem lá do fundo aproxima-nos de um hip-hop cantado em tons de hard-rock. Por fim, um acordeão completa harmoniosamente todo este conjunto. Os cinco músicos tocam ainda mais meia dúzia de instrumentos “secundários”. Há movimentações e iluminações muito particulares que vão criando diferentes atmosferas. O que daqui sai é uma alegria contagiante ao som de ritmos, línguas e pronúncias muito variados. Os originais primam pela simplicidade bem disposta e há também versões inimagináveis e de músicas conhecidas. É uma actuação descontraída, uma espécie de serão de amigos num arraial!

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Também os vi no café-teatro do Teatro das Beiras, na Covilhã, e na Festa da Cereja, em Alcongosta, e fiquei maravilhada.
Não é uma coisa que se explique, é um espectáculo para ver e sentir, de uma banda com muita criatividade.

segunda-feira, novembro 27, 2006 10:34:00 da manhã  

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