segunda-feira, outubro 30, 2006

Muro da China ou Há Bicho Carpinteiro!

Será que é isto que se passa? Joana Amaral Dias terá razão? A confirmar-se que aquilo é um boato encontramo-nos perante uma distorção de conhecimento mutuo. Não sendo boato pode ser que se esteja a cair no erro de repetir a negação do célebre “arrastão” que tão depressa tomou proporções gigantesca como de repente virou boato.

Seja como for, a verdade é que num ponto discordo de JAD: se é verdade que são necessárias "medidas – quer políticas, quer culturais, quer comunicacionais ou comunitárias, que promovam a integração das diferentes etnias. O que, convém não esquecer, pode ter consequências altamente prejudiciais quer para as comunidades de imigrantes, quer para o país" também é verdade que não vemos grande motivação de integração (que não económica e comercial) por parte dos imigrantes chineses. Não temos de ser sempre nós os maus da fita. Aliás, aqui não há bons nem maus, há factos. Os chineses vêm para Portugal abrir lojas e expandir o seu comércio, os portugueses vão às compras a estes estabelecimentos e aos sabores da sua gastronomia com naturalidade. Vivem num mundo próprio, quase 24 horas por dia nas suas lojas, domingos, feriados e afins, gozando de um regime diferente dos lojistas portugueses. Integração sim, mas convém que haja vontade do “outro”*

* termo corrente e académico usado para designar o não-ocidental.
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2 Comments:

Blogger Å®t Øf £övë said...

E por falar em muros... o que me dizes à pretenção dos E.U.A de criarem um muro a separá-los do México?
Parece-me por vezes que estamos a retroceder no tempo.
Abraço.

segunda-feira, outubro 30, 2006 11:42:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

João:

O post da Joana Amaral Dias peca por misturar uma carrada de coisas que não têm uma relacão unívoca e depois tempera tudo com um optimismo de esquerda que, na minha opinião, sai um pouco chamuscado do post.

Vamos por partes.

A questão de não serem registradas mortes na comunidade chinesa, significa apenas que a comunidade chinesa enterra (ou crema) os seus mortos condignamente mas não fazem as demarches legais para poderem reutilizar os documentos para mais imigrantes. Eu já ouvi a notícia de fonte fidedigna.

Quanto ao transplate de orgãos sugiro um filme jacobino quanto baste: "litle things". É que para entender um assunto tão delicado não basta o (bem intencionado) optimismo de esquerda é preciso entender as pressões violentísssimas a que estas gentes estão sujeitas.

terça-feira, outubro 31, 2006 12:31:00 da manhã  

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