domingo, outubro 29, 2006

A blogofobia de Miguel Sousa Tavares


Todos os sábados, invariavelmente, inicio a leitura do Expresso pela crónica de Miguel Sousa Tavares. Faço-o, porque aprecio bastante o seu estilo de escrita, fundamentado, e agressivo-provocador. [desde que o tema não seja o futebol]

Sobre o caso que o está a afectar profundamente [e compreensivelmente], comecei por achar alguma piada à resposta que os dois bloggers anónimos lhe deram, porém, nos últimos dias, os referidos bloggers alteraram de sobremaneira a mensagem que estavam a passar, e perderam a graça toda. Ainda para mais, agora, retiraram tudo o que tinham escrito e transformaram o freedomtocopy.blogspot num blogue que pretende divulgar a obra de MST. ["passaram-se" de vez]

Quanto ao ofendido, também não olhou a meios, e recorreu sem qualquer pejo à imprensa escrita para lançar suspeitas sobre «um bloguista do Bloco de Esquerda que gosta de pôr coisas anónimas, (…) e um escritor falhado e invejoso, cuja produção literária consiste em destruir os outros». Quem conhece mais ou menos a blogosfera começa logo a matutar, e nomes como os de Daniel Oliveira, Hidden Persuader, e da dupla Carlos Leone/João Pedro George, começaram logo a ser falados. Destes quatro nomes [três blogues], só costumo acompanhar o Arrastão – e não me parece nada que Daniel Oliveira encaixe no perfil de suspeito. Os outros, conheço mal, mas é injusto, e cobarde, lançar falsas suspeitas sobre pessoas que o mais provável [e até prova em contrário] é nada terem a ver com o caso. E como «em cada cabeça, a sua sentença», outros nomes de bloggers poderão acabar por vir à baila.

É pena, porque a força de MST vem do respeito que conseguiu, meritoriamente, junto do grande público, e é sabido que não é muito acarinhado pelos seus colegas de profissão – que só o respeitam [publicamente], porque o temem. [não foi por acaso que os bloggers acusados tiveram acesso, antecipadamente, ao texto que MST publicou este Sábado no Expresso] Mas quando se trata de mediocridade, não há diferença qualitativa entre o que se escreve num jornal ou num blogue.

PS. Segundo informação do Aspirina B, o Freedom foi «hackado», e está agora disponível aqui. A "coisa" está a ganhar contornos surrealista, e o Fernando Venâncio acaba de engrossar a lista de bloggers anónimos suspeitos. :)
Partilhar

9 Comments:

Blogger Nancy Brown said...

os nossos pontos fracos transformam-nos em seres, verdadeiramente, sobre dotados.

domingo, outubro 29, 2006 9:58:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

André:

Está removida a desnecessária retundância. Com a devida vénia.

domingo, outubro 29, 2006 10:44:00 da tarde  
Blogger amok_she said...

Mas esta gente ensandeceu de vez???

domingo, outubro 29, 2006 11:28:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

também está aqui:

http://freedomtokeepcopyingfredomtocopy.blogspot.com/

segunda-feira, outubro 30, 2006 2:58:00 da manhã  
Blogger Pitucha said...

Continuo a achar que, se toda esta história é for verdade, é uma pena! O MST não precisava de fazer tal coisa. Ele já provou que sabe escrever...
Além disto, partir de um blogue anónimo para acusar toda a blogoesfera é uma atitude de desnecessária aarogância!
Enfim, outros livros há para ler (sem plágios, espera-se).
Beijos

segunda-feira, outubro 30, 2006 7:42:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

Pitucha:

Consta que nenhuma parte do texto do MST era decalcada palavra a palavra da outra obra, o que eu ouvi dizer é que os autores do blogue acusador só conseguiram causar essa impressão falseando o texto que serviu de fonte ao MST.

O próprio MST assumiu que usou a obra citada como fonte histórica.

A ser verdade não estamos portanto no domínio da usurpação ou uso indevido da obra alheia punidos (e bem) pela Lei.

Não há nada de ilegal no uso de fontes ou numa citação devidamente assinalada.

Obviamente o forma como as fontes são usadas é uma parte essencial para avaliar uma obra, seja ela de ficção ou não, mas isso não deve ser confundido com practicas de natureza ilegal. Homestamente, o que eu mais lamento é que as nossas universidades sirvam para treinar as pessoas neste tipo de habilidade e não para lhes fomentar a criatividade, mas isso é outra guerra que já nada tem a ver com o MST ...

segunda-feira, outubro 30, 2006 8:56:00 da manhã  
Blogger Nancy Brown said...

o André tem razão, é revelador de bastante má fé acusarmos seja quem for. também sabemos o quanto este género de especialistas sabem fazer-se parecer com alguém em especial. os bodes expiatórios sempre funcionaram na perfeição, principalmente para este género de especialidades.

segunda-feira, outubro 30, 2006 10:54:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Viva a censura!
Há, realmente, censura nos meios jornalísticos.
Comprovei-o sexta-feira ao fazer um comentário, não aprovado, num blog aqui da praça onde gravitam elementos do DN. Ou será que branqueamento não é censura?

O post em questão era: http://corta-fitas.blogspot.com/2006_10_01_corta-fitas_archive.html#116195737486043037

O meu comentário era (com aspas para não me plagiar):

«Seguramente houve plágio na utilização do cilicone. Já vi umas iguais mas não me lembro onde!

Penso que há mão do MST nisto...

Shiuuu!... não se pode falar de MST neste blog depois do que Leonor Figueiredo escreveu hoje.»

Ainda pensei que fosse erro da primeira vez que enviei o comentário. Tentei uma segunda vez, com os mesmos resultados.

Deverei pensar que era por ser off-topic? Ou porque cilicone se escreve com s?

segunda-feira, outubro 30, 2006 2:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimo anónimo:

A julgar por este é bem capaz de estar nos limites do off-topic ... mas que não fique insatisfeito, quem plagia uma obra daquelas é mestre de obras ...

segunda-feira, outubro 30, 2006 3:05:00 da tarde  

Enviar um comentário

Voltar à Página Inicial