quarta-feira, setembro 13, 2006

Leonardo Ralha sobre Mário Soares

Tive o bom-senso de não assistir ao "Prós e Contras" mas ainda assim o noticiário da Antena 1 forçou-me a tomar conhecimento do âmago da intervenção de Mário Soares no programa em que esgrimiu argumentos com Pacheco Pereira. E pois que o ex-Presidente da República voltou a defender a tese das conversações com a Al-Qaeda, equiparando os mentores dos atentados de há cinco anos a outros dirigentes políticos em tempos considerados terroristas, como os líderes dos movimentos de libertação das ex-províncias ultramarinas portuguesas. Presumo que, estejam onde estiverem, Agostinho Neto e Samora Machel não terão ficado agradados com a comparação. Apesar dos métodos utilizados antes de e durante a Guerra Colonial serem por vezes terroristas - veja-se os arrepiantes massacres perpetrados pela UPA no Norte de Angola -, há que notar que nunca existiu o objectivo de erradicar Portugal ou de converter toda a sua população a uma qualquer crença consentânea com os valores defendidos pelos dirigentes africanos. Estes pretendiam apenas a independência dos seus países e o estabelecimento dentro das suas fronteiras de um regime baseado nas cartilhas que haviam lido. Leonardo Ralha
Partilhar

1 Comments:

Blogger Nancy Brown said...

e qual é a diferença entre a cartilha reliogiosa e a ideológica?

sexta-feira, setembro 15, 2006 5:00:00 da manhã  

Enviar um comentário

Voltar à Página Inicial