segunda-feira, setembro 18, 2006

feijoada completa

Ela – ei Rosa, ‘cê passa aí o feijão?

Rosa – sim, melancia, que ‘cê acha?

Ela falando pra ele – Rosa é estilo carraça, pega você e não larga, não, mas ‘cê vê como sem ela nada é possível?

Ele – é benzinho, Rosa é assim, e prá’lém disso aí, Rosa é muito sensível, seu tacho se destampa sem fervura.

Ela – é meu bem, mas ‘cê viu como tá gostosa essa feijoada, xi… é de comer e chorar por mais.

Ele – ‘cê já provou a couve mineira, benzinho?

Ela – não meu bem, no meio dessas quarenta pessoa aí couve mineira esgota rápido.

Ele cavalheirescamente – tome um pedaço de meu prato, benzinho.

Ela osculando ele – sem você o que seria de mim?

Ele peremptório – sua vida ‘tava muito complicada, benzinho.

Ela levando garfo à boca e abanando sua cabeça – é meu bem, põe complicado nisso.

Ele – Rosa, senta aí Rosa, ‘cê já fez tudo isso aí pra todo o mundo, agora senta Rosa, dá uma descansada comendo.

Rosa – s’acalme lá meu chapa, tou terminando farofa.

Ela – farofa Rosa, ‘cê tem aí farofa?

Rosa – tenho sim riqueza, tenho sim.

Ele – ‘cê vê como não há feijoada equiparável à de Rosa, benzinho?

Ela – é meu bem, não há memo! Feijoada de Rosa é inigualável.
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1 Comments:

Blogger Virgilio Ribeiro said...

É, os meus vizinhos brasileiros também são insuportaveis!
Más qui vaisse fazê?
tenha fé, porque mais dia menos dia iremos almoçar tendo por som ambiente, música ucraniana e pratos regionais moldavos, ou vice versa, servidos por sorridentes cabo verdianas.
1 abraço

terça-feira, setembro 19, 2006 2:56:00 da tarde  

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