ó boazona, boazona!
trim, trim, trim, trim, trim
Ela ligeiramente irritada – que raio de toque!
A outra exclamativa – agora imagina o qu’é isto num parque de campismo.
Ela admirada – Ahn?
A outra – Imagina que tinha um papagaio a imitar um som igualzinho a este, todo o dia, durante as minhas férias.
Ela – Que horror! e não protestaste com os donos?
A outra – eu? nã! então ele chamava-me boazona todo o dia.
Ela rindo – conta lá isso.
A outra sorrindo – Imagina, assim que cheguei ao parque de campismo ouço aquele toque, mas não via ninguém, e o toque não parava, resmunguei em voz alta: porque raio não atendem o telemóvel? e ouço uma voz dizer: ó boazona! olhei em frente e lá estava o gajo, um papagaio.
Ela compreensiva – o dono do papagaio era “abençoado” pelas gajas todas do parque, não?
A outra – O papagaio era cá um safado! Vê lá que ele dizia: ó boazona, boazona! és tão boa! és mesmo boa! boazona! e eu a rir virava-me pra ele e dizia: não tens vergonha, seu mal educado! então não é que o raio do bicho começava a assobiar ou a imitar o toque do telemóvel?
Ela compreendendo – Como quem diz: a conversa não me interessa!
A outra – pois é! portanto já percebes porque é que o bicho era tão popular entre as mulheres.
Ela – percebo pois, pura relação de interesse!
A outra – é! e são ou não essas relações que dão melhor resultado? Este pessoal ainda anda atrás da conversa dos poetas!
1 Comments:
Essa das relações de interesse tem muito que se lhe diga.
Faz-me lembrar aquela anedota:
- Olha lá tu estás casado por amor ou por interesse.
- Deve ser por amor que eu interesse por ela não tenho nenhum ...
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