cheiros de S. João
Tó-tósóió tóió póió
Sóió piqui tónhu punhu
Qui pá tosóió ió piiú
Tó-sáió támói tóiósóió
Com cóió ió com bubuiú
Do pescoço ao tornozelo
sou de picos e agulhas
quem me passa a mão pelo pêlo
fica mesmo sem querê-lo
com cortes e com borbulhas
Sérgio Godinho / (música: Jorge Constante Pereira), "Pico Pico manjerico", in "Os Amigos do Gaspar" (1988)
[A primeira estrofe é cantada em "manjeriquês", peço desculpa por qualquer erro de linguagem!]
Quem se lembra deste Manjerico?... Nunca percebi bem como é que uma bola cheia de picos se podia chamar Manjerico... É que o manjerico – aquele do vaso e não este espinhoso – é, precisamente, uma coisa para se passar a mão – também ainda estou à espera que alguém me explique porque é que não se deve cheirar a planta directamente...
Mas, adiante! Com mão ou sem mão, com picos ou sem eles, o manjerico é, sem dúvida, um dos cheiros do S. João. Estão nas janelas das casas e nos balcões das lojas, e perfumam as mãos de quem passa. Aproximando-se a hora do jantar, há uma intensificação do português "suave cheiro a sardinhas" e pimentos. Pelas ruas, ao lado dos manjericos, vende-se o alho-porro, que impregna o ar de um cheiro deveras desagradável – digo eu! – e que, na folia da noite, ainda vai fazendo concorrência aos martelinhos – mas estes não cheiram, portanto, não têm aqui lugar. O que me vale é que, de vez em quando, lá aparece uma alma caridosa que nos dá a cheirar um raminho de cidreira para desenjoar de tantos – que mesmo que sejam poucos, já são demais! – alhos que nos espetam pelo nariz...
Sóió piqui tónhu punhu
Qui pá tosóió ió piiú
Tó-sáió támói tóiósóió
Com cóió ió com bubuiú
Do pescoço ao tornozelo
sou de picos e agulhas
quem me passa a mão pelo pêlo
fica mesmo sem querê-lo
com cortes e com borbulhas
Sérgio Godinho / (música: Jorge Constante Pereira), "Pico Pico manjerico", in "Os Amigos do Gaspar" (1988)
[A primeira estrofe é cantada em "manjeriquês", peço desculpa por qualquer erro de linguagem!]
Quem se lembra deste Manjerico?... Nunca percebi bem como é que uma bola cheia de picos se podia chamar Manjerico... É que o manjerico – aquele do vaso e não este espinhoso – é, precisamente, uma coisa para se passar a mão – também ainda estou à espera que alguém me explique porque é que não se deve cheirar a planta directamente...
Mas, adiante! Com mão ou sem mão, com picos ou sem eles, o manjerico é, sem dúvida, um dos cheiros do S. João. Estão nas janelas das casas e nos balcões das lojas, e perfumam as mãos de quem passa. Aproximando-se a hora do jantar, há uma intensificação do português "suave cheiro a sardinhas" e pimentos. Pelas ruas, ao lado dos manjericos, vende-se o alho-porro, que impregna o ar de um cheiro deveras desagradável – digo eu! – e que, na folia da noite, ainda vai fazendo concorrência aos martelinhos – mas estes não cheiram, portanto, não têm aqui lugar. O que me vale é que, de vez em quando, lá aparece uma alma caridosa que nos dá a cheirar um raminho de cidreira para desenjoar de tantos – que mesmo que sejam poucos, já são demais! – alhos que nos espetam pelo nariz...
2 Comments:
N se cheira directamente porq morre, ou se mata. É daquelas coisas q ainda n testei... Há q ter coragem para enfrentar as leis (dogmáticas) do S Jõao. "Foi de mim" ou o fogo foi menos espectacular e duradouro q o ano passado, ou foi uma questão de local de observação?
Pois... "porque morre"... a minha questão é porque é que isso acontece com os manjericos e não acontece com as outras plantas?...
Quanto ao fogo, durou menos porque (finalmente!) foi só um! Relativamente à espetacularidade... voto na questão do local de observação.
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