sexta-feira, maio 19, 2006

Justiça poética, é o que é...

Leio hoje esta notícia na edição online do JN e não consigo evitar um risinho de escárnio. Sobretudo quando chego ao último parágrafo:


(...) O mais grave, no entanto, parece ser o furto por parte dos funcionários das lojas. Vieira e Silva diz que "serão casos pontuais", embora admita que "na distribuição existe uma alta rotação de funcionários". Ao JN, porém, fonte dos sector assegura que "a maior parte dos roubos, cerca de 60%, são internos". Lembrando que "só com a formação de pessoal", designadamente "repositores", se poderia "dar a volta aos números", o que é complicado "A elevada rotatividade das pessoas, nesta área, impossibilita que a maior parte receba qualquer tipo de formação".


É que estas empresas de distribuição e reposição de produtos sobrevivem à custa da exploração de mão-de-obra barata. Contratam pessoal no desemprego - muitos deles recém-licenciados - para trabalhar em condições precárias. Pagam-lhes um salário miserável. E ao fim de seis meses dão-lhes um chto no traseiro. Há uma grande rotatividade? Pois há! mas de quem é a culpa?... Coitadinhos dos supermercados que perderam mais de 100 milhões de euros em produtos "desviados" pelos seus funcionários?... coitadinhos o tanas!... Justiça poética... é o que é!
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