terça-feira, maio 23, 2006

desisto da realidade, desisto da informação

Indignado, comigo mesmo. É a paga que tenho por ser s. tomé insistentemente.

A arrogancia tem nome em portugal... Carrilho. Uma arrogancia, um lavar de roupa suja com um painel mediado (?) por uma jornalista (?) que toma lados, frases feitas, cuja expressão captada pelas camaras não esconde o truque mais abominável num debate ou conversa ( seja ela num café, nos corredores, de passagem ou na televisão ) a expressão em vários close-up's " não entendo nada do que está a dizer, estou de cabeça no ar a pensar noutras coisas, e visto que perdi 30 segundos da conversa vou estar atenta a uma frase ou outra para lança-la ao tipo que está à minha esquerda. Pouco importa a figura que eu faça pois concerteza ninguem vai notar, mesmo que esteja a distorcer o contexto!"

Engano o seu minha cara, notei eu, notou muita gente e notou Pacheco Pereira que pouco lhe faltou para lhe chamar aquilo que você é! a mais palpável imagem do que ali se discutia... a classe jornalística deste país e do mundo.

Por falar nisso, o que raio se discutia ali ao final? 3 minuto de um filme de propaganda? 3 minutos, dentro das 2 horas que carrilho ali faz propaganda? Bom, ainda bem que não se falaram dos restante 12 minutos. De um livro? Pacheco disse bem, disse que se tratava de um livro que, por boas ou más razões se falou durante 15 dias e que pelas mesmas razões, pelo mesmo espaço de tempo se deixará de falar.

Mas o público queria sangue, confusão. O público aplaudia, aplaudia o que entendia, a frase fácil, o insulto, a troca de galhardetes sem sequer equacionar todo um joguinho e discussõezinhas que já tiveram lugar noutros sítios, noutras ocasiões e secalhar com os mesmo intervenientes. Aplaudia quase ensinado. Antes fosse! Antes fosse por um qualquer sinal do estúdio, do género: " aplaudir" , "rir" , "vomitar". Seria sinal de uma troca comercial e não de uma parvónia de valores e interesses do público que o mundo atravessa, que Portugal atravessa.

Diz-se que o político tem a imprensa que merece, o político que antes desconfiava ( ou aceitava conivente )agora acusa ser vitima de uma imprensa que é paga para ele ter o que não merece, e nós temos os políticos e a imprensa que merecemos.

Então porque nos queixamos?

Porque é que eu acendo a televisão e perco tempo de vida a assistir à degradação de um estado de coisas já degradado? a ouvir pessoas que de 10 em 10 minutos regorgitam um curriculo nas cara uns dos outros? Pedantes contra pedantes? Eu tenho esse tipo de discussões no trabalho quando defendo os interesses da minha empresa ou a minha posição e não atinge nunca esse nivel de peixeirada, nem de perto nem de longe.

Porque no fundo foi o que aconteceu ontem no canal 1, no canal de serviço público ( fora todos os falsos puritanismos ) foi uma peixeirada sobre interesses privados - todos eles - discutido num orgão de comunicação público. Parabéns, pelo inédito e pelo ridículo. A TVI vai concerteza comprar os direitos para fazer uma sequela.

Àquela hora, acho que deviam ter posto uma bolinha no canto!
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2 Comments:

Blogger cristina said...

Eu até ia dizer alguma coisa sobre a Fatinha nos comentários aos posts abaixo [parece que ontem estivemos todos a ver o mesmo!] Mas tu disseste aqui tudo - se calhar demais, não?... Pois é, no meio daquilo tudo a Fátima não esteve particularmente brilhante... Mas tu és mau!...

Acho que já disse isto...: cada vez percebo menos aquele público! Mas até acho que já teve dias piores...

terça-feira, maio 23, 2006 5:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mau!? A senhora em questão é que é muito má profissional.

Aliás serve de exemplo a muito do que ali foi criticado.

terça-feira, maio 23, 2006 9:41:00 da tarde  

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