O Efeito Laranja
Não, não é um post sobre política, nem sobre futebol... Fui ao teatro!
"O Efeito Laranja" procura abordar o problema da disfunção eréctil de forma divertida. Mas isto de tratar assuntos sérios a brincar é complicado... e eu acho que não resultou muito bem... O tema presta-se à piada fácil (que solta aquelas gargalhadas maliciosas), mas havia que chegar às partes sérias (que faziam cair um silêncio sepulcral sobre a plateia): "há 500 mil portugueses com o mesmo problema", "não falei contigo porque tive medo da tua reacção",... Ora o que aconteceu, foi que estas seriedades e aquelas comicidades não formavam um todo homogéneo. Faltou um pouco mais de subtileza a ligar os dois extremos! Eu não digo que não teve algumas piadas mais subtis e mais ingénuas, mas falhou a dosagem.
Em palco, quatro divisões: o escritório, a sala de casa, o consultório psicológico e o bar. Achei engraçada a ligação entre cenas por meio de uma projecção que mostrava o que se passava fora das quatro divisões em palco. E os actores (apesar de alguns problemas com os microfones) estiveram bem (uns mais do que outros!): Rita Salema, Marcantonio Del Carlo, Patrícia Tavares, Helena Laureano, Carlos Areia e o grande Nicolau Breyner!
Em cena no Rivoli Teatro Municipal (no Porto) até domingo (dia 30 de Abril).
"O Efeito Laranja" procura abordar o problema da disfunção eréctil de forma divertida. Mas isto de tratar assuntos sérios a brincar é complicado... e eu acho que não resultou muito bem... O tema presta-se à piada fácil (que solta aquelas gargalhadas maliciosas), mas havia que chegar às partes sérias (que faziam cair um silêncio sepulcral sobre a plateia): "há 500 mil portugueses com o mesmo problema", "não falei contigo porque tive medo da tua reacção",... Ora o que aconteceu, foi que estas seriedades e aquelas comicidades não formavam um todo homogéneo. Faltou um pouco mais de subtileza a ligar os dois extremos! Eu não digo que não teve algumas piadas mais subtis e mais ingénuas, mas falhou a dosagem.
Em palco, quatro divisões: o escritório, a sala de casa, o consultório psicológico e o bar. Achei engraçada a ligação entre cenas por meio de uma projecção que mostrava o que se passava fora das quatro divisões em palco. E os actores (apesar de alguns problemas com os microfones) estiveram bem (uns mais do que outros!): Rita Salema, Marcantonio Del Carlo, Patrícia Tavares, Helena Laureano, Carlos Areia e o grande Nicolau Breyner!
Em cena no Rivoli Teatro Municipal (no Porto) até domingo (dia 30 de Abril).
3 Comments:
se me permites a crítica à crítica, acho que um bom ponto de partida para o desenvolvimento seria explicar-nos quem esteve melhor e menos bem e porquê...
Claro que permito! =)
Antes de mais, queria frisar que eles estiveram todos bem - outra coisa não seria de esperar! Foram apenas pequenos nadas que me fizeram gostar mais de uns que de outros.
A Rita desmancha-se a rir demasidas vezes - coisa que eu até achei divertido, mas há quem ache que o que é demais é moléstia.
O Marcantonio não fala, berra, ou projecta bem a voz (como queiram), o que seria óptimo se não tivessem microfones individuais - em alguns momentos não consegui perceber metade do que dizia tal era o volume de som que saía da sua boca!
A Patrícia "padece" do mesmo mal do Marcantonio, apesar de menos incomodativo e mais justificável, pois representa o papel de uma adolescente.
A Helena, que tem algumas das tais passagens abruptas para a seriedade, deixou que o fosso se acentuasse nessas passagens.
Do Carlos não se pode dizer que tenha a melhor dicção do mundo, o que juntando ao facto de a sua personagem ter tique de voz, dificulta, de que maneira, a compreensão das suas falas.
Picuinhices, como vês. Quanto ao Nicolau foi grande, simplesmente porque me consegui abstrair das suas possíveis falhas. É isso que é um bom actor, pois é?
desde que vi a charmante patrícia afirmar num programa de televisão que o nicolau é um dos melhores actores do mundo só me resta ficar aceitar a tua opinião.
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