Passeando pelos media
Esther Mucznik, Público de hoje:
«Se me perguntarem se eu gostaria de ver mais mulheres na vida política, eu direi, obviamente, que sim. Se a sua presença permite melhorar a qualidade da democracia, como afirmou Maria de Belém Roseira, eu diria que não sei. Porquê? Porque a qualidade da democracia depende, em primeiro lugar, da qualidade humana e pllítica das pessoas, mulheres ou homens, que a exercem. (...) não sou favorável à introdução de cotas obrigatórias de mulheres, nem de jovens ou de imigrantes: é um artifício paternalista que por si só não contribui nem para melhorar a qualidade da democracia, nem para dignificar a condição humana.(...). Em 1968, assisti em Paris ao nascer do MLF (Movimento de Libertação das Mulheres). Uma das coisas que me "vacinou" contra esse tipo de feminismo foi a frase tantas vezes repetida de que "a maternidade impede a realização da mulher". E, apesar de a maioria das pessoas que defendem a emancipação das mulheres afirmarem não se reverem neste tipo de considerações, a verdade é que estas fizeram o seu caminho, e estão presentes no subconsciente social ocidental. Se não, por que razão nunca se valoriza a maternidade enquanto factor de realização da mulher? Por que razão não se valoriza a maternidade como uma indispensável função social? Por que razão a União Europeia, no dia Internacional da Mulher, não celebra a mulher, não só como actor económico ou decisor político, mas também como mãe, factor de sobrevivência de um continente que definha e morre por conta de ideologias tão niilistas como anacrónicas? Será porque valorizar a mulher enquanto mãe será "reaccionário" ? (...)»
3 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Muito possivelmente!...
Very nice site! » »
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