Generation Next
Como dizia o outro, lá do alto dos seus cinquentas e tais sessenta e poucos, com uma expressão meio de aborrecimento, meio de enfadado: “Não gosto nada de falar dessas coisas das gerações. Chateia-me bastante!”. Pois-pois. Está-se mesmo a ver que o chateia. Mas não o incomoda pertencer a uma geração que se autoproclama de revolucionária, vanguardista, pós-moderna, e de mais uns tantos ilusórios epítetos, mas que tem vindo a esgotar todos os recursos em si própria, sem se preocupar com as gerações futuras. Hipotecaram futuro, e agora, vêm com a conversa que já não chega para "todos". Um “todos” que sub-repticiamente os exclui. É como se dissessem, “No que concerne a sacrifícios, finjam que já morremos!”
Como esta geração muito “revolucionária” detém o poder e não está interessada em o largar por nada deste mundo, as soluções para os problemas passam sempre por retirar direitos aos outros, porque os deles… são uns tais de “direitos adquiridos”. Como não poderia deixar de ser, entre esses direitos adquiridos encontram-se as suas garantidas reformas irrealistas face ao que produziram durante a vida e, mais grave ainda, face à realidade em que vivemos.
Sempre que se fala em gerações, eles não gostam. Ficam chateados, incomodados e até, tristes, mas ainda não vi nenhum sequer verter uma lágrima por causa deste assunto. E foi graças à despudorada gestão que efectuaram dos escasos recursos do nosso pais nas últimas décadas, que vamos acabar por ter mesmo de perder direitos sociais e laborais. O que eles continuam a pretender é evitar perder a todo o custo, e com um falso despercebimento, os seus ricos direitos adquiridos. Claro que este falso despercebimento causa todos os dias às outras gerações ainda maiores danos nos seus direitos, mas isso é totalmente irrelevante [para eles].
É por isto que também me aborrece falar destas coisas das gerações. E quando me falam em especialidades feitas à medida como os Contratos Primeiro Emprego (CPE) e derivados, só me dá vontade de dizer: “CPE’s? Olhem… primeiro, comecem por aplicar equitativamente as mesmas regras a todas as gerações, e depois logo falamos de CPE’s. Ok?”
Como esta geração muito “revolucionária” detém o poder e não está interessada em o largar por nada deste mundo, as soluções para os problemas passam sempre por retirar direitos aos outros, porque os deles… são uns tais de “direitos adquiridos”. Como não poderia deixar de ser, entre esses direitos adquiridos encontram-se as suas garantidas reformas irrealistas face ao que produziram durante a vida e, mais grave ainda, face à realidade em que vivemos.
Sempre que se fala em gerações, eles não gostam. Ficam chateados, incomodados e até, tristes, mas ainda não vi nenhum sequer verter uma lágrima por causa deste assunto. E foi graças à despudorada gestão que efectuaram dos escasos recursos do nosso pais nas últimas décadas, que vamos acabar por ter mesmo de perder direitos sociais e laborais. O que eles continuam a pretender é evitar perder a todo o custo, e com um falso despercebimento, os seus ricos direitos adquiridos. Claro que este falso despercebimento causa todos os dias às outras gerações ainda maiores danos nos seus direitos, mas isso é totalmente irrelevante [para eles].
É por isto que também me aborrece falar destas coisas das gerações. E quando me falam em especialidades feitas à medida como os Contratos Primeiro Emprego (CPE) e derivados, só me dá vontade de dizer: “CPE’s? Olhem… primeiro, comecem por aplicar equitativamente as mesmas regras a todas as gerações, e depois logo falamos de CPE’s. Ok?”
3 Comments:
O que o governo alemão vai adoptar, não é só para os jovens até aos 26 anos. É para todos.
Direitos humanos de terceira geração (existem, não estou a gozar...): todos aqueles que visam garantir às gerações futuras condições de vida dignas. Assim,nomeadamente, todos os direitos relacionados com o ambiente e recursos naturais como a água.
Quanto aos franceses, aquilo é mais grave do que o CPE...
Belo post.
Caro Máquina Zero,
Passando, propositadamente, ao lado da sua boca sobre "gente inteligente", e embora seja irrelevante para o caso, convém relembrá-lo que os franceses não foram sempre derrotados pelos alemães.
Quanto às comparações de Portugal com os EUA ou a Alemanha, remeto-o para o seu comentário noutro post sobre a comparação com o Brasil.
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial