"Falar de blogues"
No primeiro dia de Lisboa, depois de uma ausência sob pretexto mascarado, fui ouvir “falar de blogues” pela primeira vez.
O tema “fêmea-macho” na escrita de blogues esteve em cima da mesa com assuntos mais desinteressantes do que o seu contrário, mais frívolos do que úteis. De acordo com o panorama de “clientes” masculinos que os blogues escritos por mulheres têm, segundo descrito por uma das palradoras, há quem ande aqui a tentar perceber como é que elas pensam. Para além de não valer a pena a tentativa (há falsos mistérios mais interessantes), e fazendo o esforço para concretizar esse panorama de forma, pelo menos, verosímil, cedo me irritei com o pensamento ou, melhor dizendo, com a falta dele. Dentro da minha normalidade, não concebo sequer a hipótese de ir ler um blogue de uma sujeita qualquer com esse fim básico. O bom trabalho de campo é-me mais agradável.
Além deste inicio, ouvi fervorosamente a natural necessidade de dizer que elas também conseguem falar de “cosias sérias” para além do sapato, do bâton, do sonasol e por aí. Naturalmente que sim e, neste ponto, Francisco José Viegas disse o que interessou das duas horas adornadas por penas – de galinha, bem entendido.
Lutaram para ultrapassar o vão de escadas e a esfregona, óptimo e ainda bem que assim é. Não queiram é aliar a igualdade com a delicadeza, como é norma. E a isto Francisco José Viegas não teve grande contra-ataque.
Escrevam muito, minhas queridas (não sou casado). De vez em quando leio-vos mas de manhã nunca. A minha escolha é o Portugal dos Pequeninos.
12 Comments:
Pela tua conversa, não deves ter trabalho de campo, quanto mais, "bom trabalho de campo".
E vim eu, enganada, à espera de satisfazer a minha curiosidade sobre o que se passou ontem... baahhh!...
(É preciso também dizer se sou ou não casada?)
Grata pela paciência de ter escutado o meu "cacarejo" e pela "delicadeza" masculina de me ter chamado "palradora", "sujeita" e "galinha" (afinal, podia ter sido bem pior...).
Um bom fim-de-semana para si também, António.
Sofia Vieira
Raquel, deves estar certa.
Carlota e Filipe, acerca do assunto, já vi textos por aí mais "positivos" que o meu.
Sofia,obrigado, vou tentar!
Olá a todos,
Como sempre irei descrever o que se passou na Almedina. Desta vez vai-me custar muito, porque pela primeira vez vou ter de falar mal (muito mal) de mim próprio. :)
Sobre este post do António só queria dizer que ontem afirmei que não conhecia nenhum blogue nem blogger machista, contudo, segundo parece, temos um dentro do GR e eu desconhecia esse facto por completo.
Tanto a intervenção da Sofia Vieira como da Rita Silvério, foram bastante interessante e divertidas, só lamento que não as tenhas interpretado assim.
O machismo já se vende em frasquinhos?
pois, pois... o seu problema deve ser mesmo o excesso de falta de "trabalho de campo"!
grande e saudável gargalhada pra si.
André, eu também tive muita pena de não ter achado graça às intervenções.
Sabine, não sei. Alguém precisa?
Pandora, fracasse melhor da próxima vez que me dirigir a palavra. Outro sorriso amoroso.
António, obviamente que cada um tem o humor que tem e gosta do que gosta, só que a mensagem que passas neste post vai bastante mais longe do que uma simples questão de humor ou de desacordo. Convém não nos esquecermos que estamos a falar de um simples encontro onde se pretendeu falar de blogues no feminino/masculino.
Um abraço,
Adorei o texto. O grave é existir um encontro para discutir essa coisa.
Antonio..acredito em dias menos bons,..nao sao desculpa para muita coisa....mas para ouvir mulheres é! Nós somos demasiadamente rebuscadas e faladores (tambem somos maternais..eheh!)
Mas percebo o seu desabafo com a desculpa de "um dia sem paciencia"..nao deixe que a chuva afecte os seus dias sempre, ate pq pessoalmente sei que é um urso carinhoso ;)
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