sábado, fevereiro 25, 2006

Retratos de uma época



Na Antena 1, Luís Araújo, presidente dos CTT, faz o retrato: em média, cada português envia uma carta de dois em dois meses. Dessas, oito em cada dez são "comerciais". Portanto, a carta aos pais, aos amigos, aos inimigos e aos familiares, bem como a clássica - e ridícula - carta de amor, está em vias de extinção. Curiosidade: será que, no futuro, será publicada a correspondência electrónica de escritores e artistas?

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2 Comments:

Blogger Raimundo said...

A internet, com os seus e-mailes e as suas newsletteres, vieram acentuar a crise da missiva escrita que já se tinha iniciado com a massificação do telefone. Mas eu continuo a preferir ver o rasto de tinta deixado pela caneta num papel em branco. Tem qualquer coisa de romântico, de mágico... de arte!

E há poucas coisas, no cinzento e geométrico mundo actual, que despertem tanta euforia como abrir a caixa de correio e encontrar um postal de um amigo em férias, ou um envelope com a morada escrita à mão.

Tinta... sempre!

sábado, fevereiro 25, 2006 6:50:00 da tarde  
Blogger maloud said...

A maior parte dos portugueses não sabe, nem consegue escrever uma carta. Isto não se deve ao telefone e mais recentemente ao e-mail. Quando o telefone se massificou, só uma pequena elite escrevia cartas. A carta exige organização do pensamento e verbalização do mesmo. Os portugueses têm normalmente desorganização mental e dificuldade com o verbo. O e-mail é ou pode ser uma carta sem selo. Ao que tenho sensibilizado quase ninguém o usa como tal. Não é com o acesso à internet que se dá o milagre de se saber escrever.

domingo, fevereiro 26, 2006 12:24:00 da tarde  

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