Nados viciados em fantasia
Aquando das passadas eleições autárquicas, quase todos os candidatos foram expôr as suas ideias à “minha” universidade.
Maria José Nogueira Pinto, para além do que quis dizer, manteve um discurso com base pedagógica que não deixou de ter interesse. Dizia ela que, no seu tempo, a juventude “lutava” por qualquer coisa de mais importante e útil do que os congéneres de agora. Envolviam-se em movimentos políticos ou de outra espécie qualquer que favoreciam os seus interesses, tendo por base o esforço, o trabalho, a dedicação e, o mais importante, o gosto nessas conquistas. Quais self made man!
Para além deste discurso, num dos últimos cortejos cavaquistas, estive a trocar umas impressões com o João Gonçalves acerca do que ali se assistia e, a propósito das várias improfícuas “juventudes” partidárias, recebi as queixas que eu próprio corroboro. Estas juventudes reflectem bem o desfile de podridão que, na generalidade, faz parte da ambição jovem na sua vertente menos saudável. Para mais exemplos, dirija-se, o leitor, a qualquer turma de comunicação social e assista ao sonho de aparecer naquela coisa maior ou mais pequena que é a televisão.
É “engraçado” aperceber-me como, tão simplesmente, a única diferença de agora para os tempos de Maria José Nogueira Pinto e de João Gonçalves é a qualidade do objecto de interesse. A tal “luta” mantém-se inalterada, com os mesmos vigor e astúcia que são necessários, mas para alimentar a vaidade (algumas vezes inconsciente) que melhor facilita o ganhar de umas “coroas”. E dado o contexto do objectivo moderno (a televisão pode chamar-se fama, “livro”, roupa, carro, noite, telenovela, “êxtase”, “CARAS”, etc), às vezes é complicado lidar com um sucesso mal sucedido ou, melhor dizendo, inútil.
Maria José Nogueira Pinto, para além do que quis dizer, manteve um discurso com base pedagógica que não deixou de ter interesse. Dizia ela que, no seu tempo, a juventude “lutava” por qualquer coisa de mais importante e útil do que os congéneres de agora. Envolviam-se em movimentos políticos ou de outra espécie qualquer que favoreciam os seus interesses, tendo por base o esforço, o trabalho, a dedicação e, o mais importante, o gosto nessas conquistas. Quais self made man!
Para além deste discurso, num dos últimos cortejos cavaquistas, estive a trocar umas impressões com o João Gonçalves acerca do que ali se assistia e, a propósito das várias improfícuas “juventudes” partidárias, recebi as queixas que eu próprio corroboro. Estas juventudes reflectem bem o desfile de podridão que, na generalidade, faz parte da ambição jovem na sua vertente menos saudável. Para mais exemplos, dirija-se, o leitor, a qualquer turma de comunicação social e assista ao sonho de aparecer naquela coisa maior ou mais pequena que é a televisão.
É “engraçado” aperceber-me como, tão simplesmente, a única diferença de agora para os tempos de Maria José Nogueira Pinto e de João Gonçalves é a qualidade do objecto de interesse. A tal “luta” mantém-se inalterada, com os mesmos vigor e astúcia que são necessários, mas para alimentar a vaidade (algumas vezes inconsciente) que melhor facilita o ganhar de umas “coroas”. E dado o contexto do objectivo moderno (a televisão pode chamar-se fama, “livro”, roupa, carro, noite, telenovela, “êxtase”, “CARAS”, etc), às vezes é complicado lidar com um sucesso mal sucedido ou, melhor dizendo, inútil.
2 Comments:
No desalinho perfeito da sua escrita, o AL-M coloca o dedo nalgumas feridas. É - e fujo de lhe estar a fazer qualquer favor - das coisas melhores que tem trazido cá para fora. Fala-me da minha juventude, uma coisa que, "por delicadeza", perdi. Era demasiado velho e soturno na adolescëncia. Agora sou porventura mais "infantil" do que devia ser. "Muito cedo na minha vida era tarde demais", escreveu a Duras. Nada me move contra a juventude e tudo me mobiliza contra a infantilizaÇao dos costumes, comum a adultos e a "jovens". Chama-se a isto, em inglës, "dumbing down". Quanto a juventudes partidárias, estamos conversados. Deviam pura e simplesmente ser fechadas já que constituem meras escolas dos piores vícios políticos.Inúteis, diria o António.
Não conheço o mundo das juventudes partidárias, mas pelas informações que me vão sendo passadas por pessoas amigas, deve ser de fugir.
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