Gótico: Charles-Pierre Baudelaire (2)
O Estrangeiro
— Diga, homem enigmático, de quem gosta mais? Do seu pai, da sua mãe, da sua irmã ou do seu irmão?
— Não tenho pai, nem mãe, nem irmã, nem irmão.
— E dos amigos?
— Você usa palavras cujo sentido, até aqui, desconheço.
— Pátria?
— Ignoro a que latitude se situa.
— Beleza?
— Deusa e imortal, de bom grado a amaria.
— E o ouro?
— Odeio-o, como você odeia a Deus.
— Mas de que gosta, então, estrangeiro extraordinário?
— Das nuvens... das nuvens que passam... lá longe... lá longe... as maravilhosas nuvens!
in "Le spleen de Paris"
— Diga, homem enigmático, de quem gosta mais? Do seu pai, da sua mãe, da sua irmã ou do seu irmão?
— Não tenho pai, nem mãe, nem irmã, nem irmão.
— E dos amigos?
— Você usa palavras cujo sentido, até aqui, desconheço.
— Pátria?
— Ignoro a que latitude se situa.
— Beleza?
— Deusa e imortal, de bom grado a amaria.
— E o ouro?
— Odeio-o, como você odeia a Deus.
— Mas de que gosta, então, estrangeiro extraordinário?
— Das nuvens... das nuvens que passam... lá longe... lá longe... as maravilhosas nuvens!
in "Le spleen de Paris"
1 Comments:
Ainda esta semana folheando o Spleen, detive-me neste texto.
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