Ele também anda por aí
Manuel Alegre resolveu adoptar a estratégia de andar por aí. O pior desta estratégia não é tanto a sensação de se ouvir um morto-vivo que já teve direito aos seus cinco minutos de fama. O pior é a absoluta previsibilidade e chateza. Antes mesmo de abrir a boca, já se imagina o que Alegre vai dizer: teve um acto de enorme coragem cívica; o milhão de votos dá-lhe esperança para o futuro; os partidos são indispensáveis em democracia mas actualmente são um poço de lodo; revê-se numa Esquerda que não se revê em lado nenhum; e, claro, tem sido o mártir de serviço no PS, apedrejado, vilipendiado, escarnecido, mas a tudo resistindo estoica e heroicamente. E o que efectivamente diz, não anda longe. Daqui a uns tempos, lá o veremos a repetir os mesmos temas. Ele anda por aí.
Nota: imagem roubada daqui.
5 Comments:
Curiosamente, ao ver na Sic-notícias 5ªfeira passada este homem triste (não confundir com o outro a soltar rios de lágrimas em Timor) comecei também a trautear a canção(?) do camarada Abrunhosa, provavelmente inspirada na anunciada candidatura do poeta de quem viria a ser mandatário da juventude. Mas discordo do pessimismo com que abordas a questão: sempre podemos deleitar-nos a adivinhar o que o homem vai dizer e regozijar quando acertarmos, como naqueles congressos em que 'ilustres doutorados' vêm pela enésima vez falar do que defenderam na sua vetusta tese de doutoramento, defendida há décadas. É de ir às lágrimas.
evva
... e que já na altura deviam tão pouco à originalidade ... mas temos que pensar nas pessoas e por os monetarismos de lado!
O Abrunhosa não foi o mandatário do Alegre para a juventude. Foi o Pacman e não sabia porque o era.
Se não estou em erro, Pedro Abrunhosa foi o mandatário distrital para a juventude (pelo Porto), Pacman foi o mandatário nacional.
Excelente post Filipe! Dizes TUDO em poucas palavras.
Gostei imenso de o ler.
Beijola
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