domingo, janeiro 29, 2006

Sem facilidades


A minha primeira colaboração no “Geração Rasca” serve para agradecer o convite do André Carvalho para que ela existisse. Vim dar a este blogue por mero acaso e, nessa altura, pensei que se tratasse de um grupo jovem, com elementos muito pouco mais “velhos” do que eu. Enganei-me, afinal não são assim tão putos, e depois de algumas conversas e de ter sido observado o desenvolvimento do meu blogue (recentemente criado) o André achou que estaria aprovada a minha entrada. Ora então, obrigado.

Adiante. Como de costume, fugi de Lisboa no fim-de-semana que começou logo maravilhosamente, no Sábado pós-eleições, com o benfica-sporting para a continuação dos bons costumes. Aproveitei o afastamento para ler a encíclica DEUS CARITAS EST, a primeira de Bento XVI. Este Papa, correntemente mencionado de forma menos agradável, tem-me fascinado. Há pouco tempo li "A Europa de Bento na Crise de Culturas” para o tentar perceber para além do que se diz de Ratzinger. Noto nele um total conhecimento da mundividência actual e a consciência da “sociedade fácil” que existe hoje e, nesse sentido, compreendo perfeitamente o tema do “amor” desta encíclica. Não sei se é por estar numa idade propícia à dúvida no que a essa temática diz respeito, o certo é que gostei. Não descartando a inevitabilidade de Bento XVI, por causa da sua formação intelectual, conseguir manobrar bem o tema de modo a passar o que lhe interessa, o facto é que, independentemente do critério religioso de cada um, as suas palavras soam bem e servem de base a uma conduta humana apreciável.
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7 Comments:

Blogger André Carvalho said...

Vamos lá ver se te entendo...

Vieste aqui parar por engano, e ficaste tão bem impressionado que julgaste que eramos todos um grupo de putos. Muito bem! A isto é que eu chamo uma entrada com o pé direito. ;)

domingo, janeiro 29, 2006 8:19:00 da tarde  
Blogger AL-M said...

Sem tirar nem pôr! ;)

domingo, janeiro 29, 2006 8:34:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Pois... ainda por cima gozas. ;)

Só uma correcção. A tua entrada foi decidida por mim e pelo Filipe.

domingo, janeiro 29, 2006 10:28:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Antes de mais, peço desculpa, mas ainda não tinha "visto" o António por aí, e, portanto, fui espreitar o "Oh pestotira!" - promete, sim sr!

António:

Quanto à encíclica, não conheço, por isso não posso falar sobre o seu conteúdo, mas posso falar sobre o teu post:

Parece-me que, quando devidamente "manobrado", qualquer discurso religioso é capaz de servir de "base a uma conduta humana apreciável". Portanto, se calhar, o que aprecias no senhor é o facto de "conseguir manobrar bem o tema de modo a passar o que lhe interessa"... - que [diga-se] já é alguma coisa, pois mostra o tal [dizes tu!] "conhecimento da mundividência actual".

Mas eu, como também sou jovem "enduvidada", pergunto se a questão não estará em saber o que lhe interessa de facto... Por alguma coisa ele tem sido "correntemente mencionado de forma menos agradável"...

[Isto são as minhas simpáticas boas-vindas! :)]

segunda-feira, janeiro 30, 2006 1:22:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cristina:

parece-me que percebeste bastante bem a minha ideia. A minha simpatia pela figura Ratzinger passa, principalmente, pela sua capacidade intlectual que, além de lhe permitir o bom uso da palavra, o faz entender o que realmente a Igreja precisa e o que lhe interessa. Isto absolutamente desligado do facto de estar metido nela [na Igreja]. É essa a minha primeira admiração, não o discurso em si. Naturalmente que discursos bonitos não faltam mas não foi numa postura de "anjinho" que o li,apesar de,como disse, ter gostado . Muito complicado ou simples demais?

segunda-feira, janeiro 30, 2006 4:07:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Talvez simples demais: é um bom sindicalista! ;)

segunda-feira, janeiro 30, 2006 6:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

aprecio a subtileza e ainda mais as interpretações subtis. :)

segunda-feira, janeiro 30, 2006 7:27:00 da tarde  

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