segunda-feira, janeiro 30, 2006

Passeando pelos media

« (...) os mais novos, os que estão a chegar ao mercado de trabalho, os que perderam a esperança do emprego garantido e já não acreditam na reforma segura, são hoje, de um modo geral, mais atrevidos, mais atreitos ao risco, estão melhor preparados e têm mais ambição. Não todos, é certo, mas basta pensar que enquanto há uma geração ter formação superior era uma garantia de sucesso, hoje mais depressa leva ao desemprego e o último lugar onde eles podem procurar emprego é nos serviços do Estado, que estão a abarrotar. Os que vivem esta nova realidade - vivem, não teorizam - gerarão porventura um Portugal diferente»
José Manuel Fernandes, Público de hoje
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3 Comments:

Blogger André Carvalho said...

Pois... estão mais bem preparados e têm mais ambição, mas pelo que vejo as empresas desfazem-se deles em cinco segundos. O que lhes interessa e pagar pouco e correr com eles. Bem preparados e ambiciosos há muitos não é? É só uma questão de os saber "esmifrar"...

Uma vergonha!

segunda-feira, janeiro 30, 2006 10:37:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os mais novos não teorizam como JMF. Estão "atrevidamente" a ganhar
500 euros por 40 horas semanais aos balcões das FNAC deste país. "Atreitos ao risco" debatem-se gloriosamente c/ a total ausência das mais elementares regras de segurança no trabalho., Sabendo que não têm o emprego garantido aceitam a violação grosseira da remuneração das horas extraordinárias. Esta é a dura realidade prática de alguns jovens licenciados deste país. Talvez fosse interessante que JMF quando compra um livro, um CD ou um DVD saísse do seu mundo de algodão em rama, que também é o meu, e procurasse, para além do sorriso de quem o atende, toda a sordidez em que assenta o sucesso de certas empresas. Depois poderá "editorializar" e eu lê-lo-ei como sempre, mas com mais prazer.

terça-feira, janeiro 31, 2006 4:12:00 da tarde  
Blogger rui said...

esta passagem do JMF, dá para ele se "colar aos jovens" e dar graxa aos ultraliberais. Só que há aqui um evidente equívoco de destinatários. O mais provável é que os nossos jovens ultras não tenham problemas de sucesso profissional, as suas ideias políticas são uma garantia de qualidade no mercado de trabalho. Não hão-de faltar empresas a procurar consultadorias de rapazes dinâmicos que as ajudem a explicar com brilho porque os direitos sociais são uma tragédia para as empresas e (pasme-se) para os trabalhadores e como as formas de organização destes são perniciosas.

terça-feira, janeiro 31, 2006 9:21:00 da tarde  

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