domingo, janeiro 15, 2006

Gabinete da Cultura

«Todos diferentes, todos iguais. Para o caso, inúteis. Um ministro serve para quê? Para definir e responder por uma política. Faz isso sentido na Cultura? Mas como? Em sociedades livres, digo eu. Em Cuba e na Coreia do Norte a gente percebe. Em contexto democrático é arrebique fútil.» Eduardo Pitta, «Da Literatura».

«Se o que está em causa são mudanças políticas ou mudanças na política, isso é completamente indiferente, lamento.» Francisco José Viegas, «A Origem das Espécies».

Louvo daqui a coragem de Eduardo Pitta e de Francisco José Viegas. Apesar de saberem que se estão a meter num ninho de vespas, abordam estas questões de uma forma frontal e sem tabus. O país precisa e eu agradeço.

Por mim, e nas actuais condições, o Estado deve assegurar condições de acesso [universais] aos bens culturais mas com uma acção supletiva em relação a outros agentes [públicos e privados], zelar pela preservação do património, apoiar a criação e a internacionalização, incentivar o mecenato, e valorizar a língua portuguesa enquanto instrumento de afirmação da nossa identidade.

Ministério? Secretaria de Estado? Deixem-se disso! Qual Carrilho. Dêem-me um gabinete e mais dez pessoas, à minha escolha, e não se fala mais no assunto. ;)
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1 Comments:

Blogger A Saltarica... said...

Bom dia André!
Sou realmente leitora assidua dos seus posts. Quanto a possíveis ataques ao deixar comments no meu blog, ou outro equivalente, pode estar descansado: as hormonas da gravidez deixam-nos meigas, está a salvo de ataques de amazonas enraivecidas -feliz ou infelizmente para si ;-)
Felicidades!!!

segunda-feira, janeiro 16, 2006 9:51:00 da manhã  

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