quinta-feira, janeiro 26, 2006

Ainda sobre o sexo na literatura portuguesa

A Sofia Vieira remeteu-nos ontem para este post e a Sílvia Vaz Guedes, hoje, para este.

Nas palavras do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez, «Para falar de sexo na literatura é imprescindível ter tido entre 500 a 1000 mulheres na cama. Sexo, poesia, amor, imaginação, capacidade de brincar, mas, sobretudo, tem de ser um escritor e manter isso como hábito».

Uma das poucas conclusões a que consegui chegar após algumas semanas a ler posts sobre o sexo na literatura portuguesa é que o sexo tem algo de inenarrável. Just Do It!
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7 Comments:

Blogger Pitucha said...

Sendo que o problema passa a ser de como narrar o inenarrável se um autor optar por narrá-lo!
E o José Rodrigues dos Santos não foi feliz! Não será o único, não será o último, certamente, mas não esteve brilhante.

quinta-feira, janeiro 26, 2006 9:34:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Olá Pitucha,

Espero que a temperatura em Bruxelas não tenha descido dos 0º(+) para os 0º(-) ;)

Eu não li o livro do JRS, mas pelos excertos que pululam na blogosfera, aquilo está num registo bastante... trágico-cómico? ;)

quinta-feira, janeiro 26, 2006 9:54:00 da tarde  
Blogger rui said...

concordo em absoluto mas duas semanas para chegar a essa conclusão é francamente demais.
por outro lado será hoje possível fazer alguma coisa em arte ( alguma coisa que se queira vender) sem recorrer ao sexo?
o artisticamente correcto (também existe) impôs a regra de que como o sexo "é uma coisa que faz parte da vida de todas as pessoas", temos de gramar com o sexo na vida dos personagens, ou o que é pior, as fantasias sexuais do autor (pintor, escritos, realizador, encenador, publicitário). uma coisa que se tornou maçadora, sempre a mesma coisa para quem está de fora, sempre diferente (corrijo: com maiores probabilidades de ser diferente) para quem faz.

sexta-feira, janeiro 27, 2006 6:29:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Viva Rui,

Eu não cheguei a esta conclusão após duas semanas... foram necessários anos e anos. :)

Se não me engano, esta "saga" sobre o sexo na literatura foi levantada por um excelente texto do Pedro Lomba que podes ler aqui: http://aafdl.fd.ul.pt/infoteca/publicacoes/Inventio/Inventio3/disposicoes.htm

A tua observação é bastante pertinente, interessante e também dá pano para mangas, mas depois de leres o texto do Pedro Lomba também podes constatar que a inserção do sexo na literatura deparou-se com bastantes entraves por parte de muito boa gente.

sexta-feira, janeiro 27, 2006 10:47:00 da manhã  
Blogger André Carvalho said...

Filipe,

Eu agora também não consegui aceder ao link. É pena porque o texto está muito engraçado.

O problema está na dificuldade que o escritor sente quando tem de "aludir" ao sexo. O Pedro Lomba no tal texto começava por dizer que os escritores, nas suas obras, evitam entrar nos quartos. ;)

Um ex-professor meu [Luís Carmelo], no Miniscente, também tem um posts engraçado sobre o assunto. Eu gostaria de fazer um link para esse post, mas deparo-me com algumas dificuldades em aceder ao arquivo do «Miniscente».

sexta-feira, janeiro 27, 2006 1:46:00 da tarde  
Blogger rui said...

um dia destes vou tentar ler o texto do pedro lomba.
é natural que em determinadas épocas e lugares houvesse o efeito "descompressão" depois de periodos de maior puritanismo.
o que me parece é que hoje o sexo deixou de ser um "tabu", algo que até se poderia usar como meio para chocar consciências em épocas de grande repressão de costumes e não só, e tornou-se num truquezito para ocupar tempo, uma banalidade como outra qualquer, com uma diferença. Se um personagem num filme toma uma bica, vê-se o sujeito a tomar a bica de uma forma normal, "realista", não se vê o gajo a fazer o pino para tomar a bica, mas o sexo que passa nos filmes é uma treta completamente ficcionada que pouca correspondência tem com a realidade em filmes "realistas". Não tenho nada contra o sexo em arte e em particular na literatura, no cinema, na banmda desenhada, o que me irrita é a hipocrisia. um gajo gosta de desenhar mulheres nuas, como o manara, ok, é humano, uma vez até tem graça, escusa é de pretender que acreditemos que está a fazer "banda desenhada", etc... No cinema é a mesma coisa. Vi recentemente o crime do padre amaro e fiquei parvo como o "erotismo" era usado de forma oportunista para encher, da forma mais despropositada, torna-se penoso assistir sempre aos mesmos clichés, e no entanto... o crime do padre amaro parece que é o maior sucesso de bilheteira de sempre do cinema português...

sexta-feira, janeiro 27, 2006 1:55:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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