O Olbinsky é que é um artista de "mão cheia"... eu limito-me a tentar "divulgar" aqui no «GR» a obra dele que me parece não ser suficientemente reconhecida no nosso país. Normalmente associa-se o Olbinsky a um ilustrador de revistas famosas, só que, na minha opinião, é muito mais do que isso.
Se este é o tal do velho e da criança com a escada para as estrelas de que falou o Filipe, também gosto mais deste!
Em geral tenho gostado dos "teus" surrealismos, mas este, em especial, agradou-me imenso. É que logo num primeiro olhar tive uma montanha de sensações:
Um avô e um neto que vivem aprisionados num mundo sombrio por uma parede de pedra. Nessa parede está pintado um caminho ladeado de árvores (no seguimento de apenas meia dúzia delas realmente plantadas) que procura alegrar o soturno dia-a-dia de quem lá passa. Ou talvez reflicta a memória da liberdade de quem outrora já viveu lá fora... Ainda na mesma parede, bem grande, mas bem alto, existe uma janela sempre aberta para o mundo livre do exterior que os velhos olham com saudade real e os novos contemplam com admiração utópica, mas todos em profundo e respeitoso silêncio, num ritual de quase venaração. Um dia o avô arranja uma escada bem alta, capaz de chegar à tal janela e explica ao seu neto que a tal utopia é de facto real e está ao alcance do subir daquela escada. Já sem força física e psíquica para o fazer, o avô ajuda o seu pequeno neto nessa passagem para o outro lado...
E tudo isto apenas numa imagem! Gostei mesmo desta, a sério que sim!
5 Comments:
Lindo.
André, tens muito bom gosto.
Caro Félix,
O Olbinsky é que é um artista de "mão cheia"... eu limito-me a tentar "divulgar" aqui no «GR» a obra dele que me parece não ser suficientemente reconhecida no nosso país. Normalmente associa-se o Olbinsky a um ilustrador de revistas famosas, só que, na minha opinião, é muito mais do que isso.
Obrigado pelo teu comentário.
Podes crer.
Reconhecê-lo implica sensibilidade.
Se este é o tal do velho e da criança com a escada para as estrelas de que falou o Filipe, também gosto mais deste!
Em geral tenho gostado dos "teus" surrealismos, mas este, em especial, agradou-me imenso. É que logo num primeiro olhar tive uma montanha de sensações:
Um avô e um neto que vivem aprisionados num mundo sombrio por uma parede de pedra. Nessa parede está pintado um caminho ladeado de árvores (no seguimento de apenas meia dúzia delas realmente plantadas) que procura alegrar o soturno dia-a-dia de quem lá passa. Ou talvez reflicta a memória da liberdade de quem outrora já viveu lá fora... Ainda na mesma parede, bem grande, mas bem alto, existe uma janela sempre aberta para o mundo livre do exterior que os velhos olham com saudade real e os novos contemplam com admiração utópica, mas todos em profundo e respeitoso silêncio, num ritual de quase venaração. Um dia o avô arranja uma escada bem alta, capaz de chegar à tal janela e explica ao seu neto que a tal utopia é de facto real e está ao alcance do subir daquela escada. Já sem força física e psíquica para o fazer, o avô ajuda o seu pequeno neto nessa passagem para o outro lado...
E tudo isto apenas numa imagem! Gostei mesmo desta, a sério que sim!
Estou a ver que gostastes mesmo Cristina. Mais um bocado e tinhamos aqui uma estória... ;)
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