A Ler (com calma)
Li, finalmente, A Ideia de Europa, de George Steiner. É, pode dizer-se desde já, um Clássico. E, como todos os Clássicos, é um livro perigoso, que se arrisca a ser referido, glosado e citado pelas piores razões. Eis alguns dos pontos particularmente problemáticos:
«A música é indubitavelmente planetária. Não conhecemos qualquer comunidade étnica, por muito rudimentar, que não pratique um qualquer modo de música. O que vale a pena considerar é se quaisquer destes diversos constructos musicais ou formas executivas implicam os milagres de sentido dos significados que nos são transmitidos por Bach, Mozart, Beethoven ou Schubert.»
«Nada ameaça a Europa mais radicalmente (...) do que a onda do anglo-americano, e dos valores e imagem mundial uniformes que o Esperanto devorador traz consigo.»
«A verdade brutal é que a Europa se recusou, até à data, a reconhecer e a analisar, quanto mais a retractar-se, o papel diversificado da Cristandade na hora mais negra da História.»
«É vital que a Europa reafirme certas convicções e audácias de alma que a americanização do planeta - com todos os seus benefícios e generosidades - obscureceu.»
«A verdade brutal é que a Europa se recusou, até à data, a reconhecer e a analisar, quanto mais a retractar-se, o papel diversificado da Cristandade na hora mais negra da História.»
«É vital que a Europa reafirme certas convicções e audácias de alma que a americanização do planeta - com todos os seus benefícios e generosidades - obscureceu.»
2 Comments:
De George Steiner só conheço (tenho) o «Gramáticas da criação». Na minha opinião é um autor bastante denso que requer um esforço profundo do leitor, e a sua escrita tem "links" para milhares de obras. É contudo um notável pensador e um intelectual de gabarito mundial. Vou ver se ganho coragem para ler (com calma)a tal de «Ideia da Europa». :)
PS. Amanhã o Paulo Querido faz uma apresentação do livro dele em Gaia, se lá fores, manda-lhe um abraço meu.
Mais um livro que quero ler. Oh tempo...!
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