quinta-feira, dezembro 15, 2005

Influênciada pelo eixo anglo-francófono

Declaro que inicialmente não simpatizava com Pedro Mexia. Mas fiquei com uma boa impressão dele do II Encontro de Weblogs e tenho lido no Diário de Notícias algumas crónicas dele que acho de grande lucidez. Entre elas, destaco duas: uma crónica que mostra como os lápis são mais que simples objectos na vida das pessoas (publicada em 07/12/2005) e outra sobre ser ou não ser anglófilo ou francófono (não sei a data de publicação).

Há uma maioria que aprende e fala inglês e que gosta do inglês. Desses, muitos são totalmente influenciados pelo eixo anglosaxónico, atribuindo à França um papel pequeno na história do pensamento europeu. E há uma minoria que estudou ou gostaria de ter estudado numa época em que a língua francesa era a língua estrangeira mais falada em Portugal. Esses falam do inglês como a língua da hegemonia do pensamento único.
Eu sinto que não pertenço nem a um grupo nem a outro. Sempre preferi o inglês ao francês. O inglês é mais fácil de aprender e de falar. Há muitos autores ingleses e americanos que tenho prazer em ler. Mas admiro a França, capaz de dar ao mundo a sua Revolução, prelúdio de tudo o que bom e de mau aconteceu depois. Também lá há da literatura admirável e do debate filosófico que traz ao mundo. Por isso, sou anglo-francófona.

Fragmento reproduzido inicialmente no Insustentavel Leveza
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