Novo ambiente decisório
João Cravinho, hoje no DN: «(...) em plena ascensão da governança mediática os mecanismos e recursos da democracia representativa deixaram de ter a palavra decisiva na legitimação de grandes decisões políticas estruturantes do nosso futuro a médio e longo prazo. Goste-se ou não, teremos todos de aprender a viver nesse novo ambiente decisório.»
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Da minha parte, gosto e muito. Para a nossa democracia funcionar em pleno e acabarmos de vez com os back-offices obscurantistas que se escondem por detrás de algumas das decisões políticas ditas estruturantes, estas, devem passar sempre por um consenso alargado na sociedade portuguesa. E, se o governo não tem esse cuidado, o Presidente da República deve intervir directamente na procura desses consensos. Como já disse aqui, não tem nenhuma lógica, um qualquer governo, tomar decisões políticas "estruturantes" que trespassam, e muito, um período de legislatura, sem procurar consensos mais alargados e as fundamentar adequadamente.
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Da minha parte, gosto e muito. Para a nossa democracia funcionar em pleno e acabarmos de vez com os back-offices obscurantistas que se escondem por detrás de algumas das decisões políticas ditas estruturantes, estas, devem passar sempre por um consenso alargado na sociedade portuguesa. E, se o governo não tem esse cuidado, o Presidente da República deve intervir directamente na procura desses consensos. Como já disse aqui, não tem nenhuma lógica, um qualquer governo, tomar decisões políticas "estruturantes" que trespassam, e muito, um período de legislatura, sem procurar consensos mais alargados e as fundamentar adequadamente.
André Carvalho às quarta-feira, novembro 30, 2005
7 Comments:
Viva pedro,
Eu não concordo com o joão cravinho. Só que quando ele diz que, «goste-se ou não, teremos todos de aprender a viver nesse ambiente decisório», eu a isto digo que sim. Gosto e muito. Só que infelizmente não vivemos nesse ambiente e, nem sequer o assunto tem a ver directamente com a tal de "ascensão da governança mediática". A não ser que ele, tal como o pedro diz, se esteja a referir à "governança" que rima com "festança". :)
Mas se não concorda com algumas partes... força, dispare! :)
Caro pedro,
Estou parcialmente de acordo com o que diz, mas essa dos consensos estarem minados... então têm de deixar de estar.
Posso dar o meu exemplo, que não acredito mesmo nada neste governo, mas, se me provarem que a Ota e o TGV são mesmo necessários e benéficos para o país, obviamente que contam com o meu apoio nesta matéria. E é fácil de o fazerem. Basta tornarem os estudos públicos, e, embora eu não seja perito na maior parte das matérias que são necessárias conhecer para tomar as decisões certas, também não sou parvo de todo. Mas o importante, é que sendo publicados, os diversos experts na matéria também se pronunciarem publicamente, ajudando-me a formar a minha opinião.
Outra forma que me pode convencer é os governos avancarem para os projectos que bem entenderem, e caso corram mal ou se venham a detectar negociatas, os responsaveis politicos venham a responder mais tarde em tribunal e estejam sujeitos a penas de prisão efectivas e ao pagamento de indemnizações.
Esta última parte até que já estão sujeitos, só que não estão habituados a que lhes peçam responsabilidades mais tarde... pode ser que quando a geração rasca cheguar ao poder os vá chamar para prestarem contas publicamente sentadinhos nos banquinhos dos tribunais. :)
Huau!!!!! O Pedro Silva aparece aqui num estilo um bocado agressivo... :) Já me faz lembrar os newsgroups de politica.
Bem... comecemos pelo início.
Caro Pedro,
Está no seu direito de não aceitar os tais supostos de estudos, tal como eu estou no meu de achar que sem estudos é que não me convencem de nenhuma forma. Mas concordo com a sua visão dos experts, embora eu os vá ter em conta [esses aspectos que foca] quando chegar o momento de formar a minha opinião "definitiva" sobre o assunto.
Quanto à "Geração Rasca", por muito que o incomode [como parece], ela há-de chegar ao poder, e já falta pouco. Não vale a pena querer negar o inevitável, pois não é pelo facto de o negar que tal vai deixar de suceder.
Não discordo quando diz que quando lá chegar pouco haverá para gerir, mas ainda devemos ir a tempo de poder acertar algumas contas.
A geração rasca é transversal a todo o espectro político, por isso, obviamente, nada terá a ver com direitas ou esquerdas, o que eu tenho a certeza é que serão esquerdas e direitas muito melhores do que as que temos agora.
A parte em que diz duvidar seriamente da capacidade intelectual da "Geração Rasca" roça a ofensa, mas para dizer isso é porque não conhece nada de nada da "Geração Rasca", ficaria surpreendido se conseguisse estabelecer contacto com a "Geração Rasca". Provavelmente, e pelo que diz, a sua "geração" é que me parece irremediavelmente contaminada pelos malefícios da nossa actual politiquice nacional.
Essa da "Geração Rasca" ter uma easy life não passa pela cabeça de ninguém. Quem tem tido várias easy life's são os que até agora têm estado no poder. Quanto ao surf e aos videogames, não vejo nenhum mal nisso, bem pelo contrário... há coisas bem piores.
Pedro silva said...
Caro André, incomoda-me porque é uma geração completamente perdida julgado que se encontrou.Corrupta intelectualmente, desprovida de valores, pensando pouco e mal.
- Caro Pedro, mesmo supondo que tem razão [que não tem] se a geração rasca for “corrupta intelectualmente” já não é mau, pelo menos mantém-se a performance intelectual intergeracional. “Desprovida de valores”, idem idem, aspas aspas. “Pensando pouco e mal”, já é uma melhoria notória, pois os actuais detentores do poder nem sequer pensam, nem bem, nem mal.
Quanto a ser melhor do que a actual direita e a actual esquerda tenho sérias dúvidas nisso.
Apenas,e alguns deles, tem uma melhor preparação técnica.
Só isso. O restante falta.
- Está bastante enganado, mais uma vez, melhor preparação técnica não são somente alguns… são mais que muitos. E quanto ao restante que falta… falta o quê? Ir combater para a guerra do ultramar sem questionar nada? Levar com um Salazar a vida toda e deixar o regime cair de podre? Gerir um país de forma a encherem os próprios bolsos e as outras gerações ficarem na penúria? Poupe-me… :)
Acima de tudo o que irrita é a enorme arrogância e o "não arriscar nada " em termos políticos.
- Arrogância? Convém dar um exemplo dessa arrogância, pois não me lembro de nenhum exemplo concreto de arrogância da já famosa “Geração à Rasca”?
A famosa geração que há-de vir aí, é mediocre mas não sabe que é.
- Se você o diz… não o quero contrariar.
Substituir maus por medíocres já é uma melhoria.
E acima de tudo não sabe que uma coisa é estar de fora, a fazer críticas legitimas ou não. Outra coisa é chegar ao poder e vender as tretas pseudo neo liberais,com que os menbros da geração anterior (aquela que é a má e irá ser substituida por esta nova geração melhorada, revista e aumentada) lhes andam a encher a cabeça nas universidades.
- O meu amigo anda completamente equivocado. Todo o ensino da Geração Rasca foi debaixo da batuta de programas pró-marxistas. Por exemplo, nas faculdades, mesmo em universidades como a Católica, não é muito bom um aluno assumir-se como sendo de direita. Nas universidades, e em “linguagem” de índio, “Direita Mau, Esquerda Bom! Muito Bom!”.
Depois de chegarem ao poder e gerirem nas ruinas e nos escombros e o resultado ser mediocre, nessa altura explicarão o quê?
- Deixe-me adivinhar… é cartomante nas horas livres, não é? :)
E conhecço algumas coisas da geração rasca para saber que as pessoas entre os 25-35 anos neste país tem muita falta de muita coisa.
Muita falta mesmo. E estão sempre convencidos que não tem falta disso.
- Olhe… realmente já têm falta de bons empregos, bons ordenados, de bons exemplos, de muita coisa mesmo. De futuro, vamos sentir falta das boas reformas. Mas olhe que, ao contrário do que diz, estamos mesmo convencidos que temos falta disto tudo. Se calhar estamos a sonhar e afinal vivemos no país das mil e uma noites.
02 Dezembro, 2005 13:06
Pedro silva said...
e esqueci-me: boa tentativa de definir a minha idade...mas falhou,sou mais novo do que parece mais velho do que parece.
- Caro Pedro, eu não preciso de definir a sua idade, porque tem de certeza mais de 35 anos de idade, tal como eu. Só que de espírito… punha-lhe aí mais uns 20 anitos em cima. E digo-lhe isto porque sei que não é ofensivo para si. Deve obviamente saber que tem ideias bastante conservadoras para a sua idade.
PS. Também vai fazer perguntas ao painel no Falar de Blogues III? :)
Caro andré:
1-
""mantém-se a performance intelectual intergeracional. “Desprovida de valores”, idem idem, aspas aspas. “Pensando pouco e mal”, já é uma melhoria notória, pois os actuais detentores do poder nem sequer pensam, nem bem, nem mal.""
E isto é bom?
Caro Pedro,
Convém não alterar o que eu disse... o que eu disse, e que volto a por no contexto, foi: «Caro Pedro, mesmo supondo que tem razão [que não tem] se a geração rasca for “corrupta intelectualmente” já não é mau (...) etc., etc., etc.)
Limitei-me a tentar utilizar os seus argumentos [com os quais não concordo] para lhe mostrar que nem assim tem razão, pois, segundo o que diz, a Geração Rasca quanto muito é igual à que lá está [visão esta que também não concordo]. Sendo igual à que lá está... nunca poderá ser pior, quanto muito, é igual.
2 -
"""...são mais que muitos. E quanto ao restante que falta… falta o quê? Ir combater para a guerra do ultramar sem questionar nada? Levar com um Salazar a vida toda e deixar o regime cair de podre? Gerir um país de forma a encherem os próprios bolsos e as outras gerações ficarem na penúria? Poupe-me… :)"""
O falta que eu falava era outra coisa,mas não dá para explicar agora; isso é uma oputra conversa...
Quanto aolevar com salazar e o resto; é necessário ver a época em que essa geração viveu.
O contexto.
Sem internet, sem acesso à cultura, num país culturalmente e socialmente isolado.
Com indices de desenvolvimento humano super baixos.
Pois... e se calhar também tem de analisar a Geração rasca no seu próprio contexto. Ou essa análise é só para o que lhe dá jeito?
E quanto ao"encher os próprios bolsos" temos que que ser justos e verificar que quanto a encher bolsos a actual direita política -os descendentes dos de há 30 anos atrás, fez, apesar de tudo um trabalho melhor/maior monetariamente do que a esquerda actual - os seus descendentes.
Porque vamos a ser claros:os mesmos que mandavam antes do 25 A são os mesmos que mandam agora.
Só que aprenderam alguma coisa e agora mantém-se na sombra.
Para mim quem manda são os Almeidas Santos, os Soares, os Coelhos, os Vitorinos, os Constâncios, os Sampaios, os Sócrates... para si quem é que manda? Convém dar nomes às coisas para podermos clarificar as ideias.
3 -
""Arrogância? Convém dar um exemplo dessa arrogância, pois não me lembro de nenhum exemplo concreto de arrogância da já famosa “Geração à Rasca”?""
a)isto não era dirigido especialmente e especificamente ao blog.
Eu sei! Esta observação era completamente desnecessária... a não ser que queira dar a entender alguma coisa que em nada tem a ver com a realidade. Uma coisa era dizer que eu sou arrogante, o que não é verdadeiro, mas seria a sua opinião contra a minha. Outra coisa é estar a meter as outras pessoas deste blogue que nada têm a ver com as posições que eu tomo individualmente. Mas, eu acho, tal como diz atrás, que não se estava a dirigir a mim nem a ninguém deste blogue quando falou em arrogância. Por isso, vou passar esta parte...
B)Pelo que se vê quando se fala com as pessoas da Geração à rasca é que continuam a ser arrogantes. E na blogosfera, atrás de um não conhecimento fisico das pessoas umas com as outras ainda mais.
E arrogancia não é só fazer declarações barulhentas.
Não estou a ver nada. Pedi-lhe exemplos e não ouvi nenhum exemplo...
4 -
"""Se você o diz… não o quero contrariar.
Substituir maus por medíocres já é uma melhoria."""
Não é uma melhoria.É apenas uma incapacidade estrutural e permanente.
Limitei-me a utilizar os seus argumentos, com os quais disse logo desde o início não concordar. E, utilizando os seus argumentos, medíocre é melhor que mau. Pelo menos no meu tempo... e parece que também no seu, já o era.
5 -
""" O meu amigo anda completamente equivocado. Todo o ensino da Geração Rasca foi debaixo da batuta de programas pró-marxistas. Por exemplo, nas faculdades, mesmo em universidades como a Católica, não é muito bom um aluno assumir-se como sendo de direita. Nas universidades, e em “linguagem” de índio, “Direita Mau, Esquerda Bom! Muito Bom!”."""
Equivoco é isto.
Não só os programas não eram marxistas(eu sei porque passei por eles)como até 1989 eram até razoaveis.
Esse é um mito urbano posto a correr pelo psd desde a decáda de 80.
Não eram nada do outro mundo mas faziam um trabalho razoavel.
Eu também passei por eles e o adjectivo com que os poderia qualificar não seria nada bonito de escrever. Conclusão: não concordo nada, mas nada consigo nesta matéria.
Em 1988-89 o sr roberto "opusdei" carneiro introduziu programas e universidades "não marxistas e pretensamente liberais.
O resultado foi a merda que se viu.
Deve estar a referir-se ao facto das Universidades Privadas terem permitido a milhares de alunos trabalhadores poderem tirar os seus cursos à noite, coisa que não poderiam fazer na esmagadora maioria das universidades públicas. Pois... compreendo-o perfeitamente... uma geração rasca ainda mais rasca.
Depois chegaram os programas tresloucados da sra benavente para acabar de rebentar com o já estava mal feito.
E falo por experiencia própria porque fui na conversa do liberalismo no ensino;do esforço pessoal e essas tretas todas e posso afirmar sem qualquer problema que é maior vigarice que alguma vez se viu no ensino em portugal a partir daí.
No "marxista" ensino secundário que eu tive ,ensinava-se alguma coisa às pessoas.
No "liberal" ensino universitário que eu tive recebiam-se propinas.
Os currículos estavam cheios de teorias economicas neoliberais; os professores adoptavam o comportamento liberal nos hábitos que consitia em darem aulas de merda,chegarem sistematicamente atrasados, atribuirem notas por sorteio ou gosto político que identificavam no aluno,passarem o aluno por este ser intensamente estupido, e no mercado de trabalho futuro não constituir perigo, nem ter qualificações.
Entre outras coisas.
Já agora:eu frequentei uma liberal universidade predominantemente de direita.
E nem vou dizer qual era.
Nem precisa... de Direita? Deve querer dizer maçónica não é? Você faz cá umas confusões. :)
Conhecidos e amigos meus em outras universidades diziam o mesmo das deles.
Nas estatais o que actualmente existe é uma maioria de profesores de direita nos cursos de onde sai o poder e os de esquerda nos cursos que não dão emprego nenhum.
A católica nem sequer devia existir nos moldes actuais - distorce o mercado.
E a piada de na católica nem sequer os alunos de direita serem bem vistos: ò andré, eu já estava a desesperar com o teu (achava eu)inesxistente sentido de humor. Afinal ele existe.
Boa piada.
Boa piada????? Pois... para quem desconhece a realidade deve ser piada. Isto é o que se pode chamar de humor-negro por ricochete. :)
6-
""
Depois de chegarem ao poder e gerirem nas ruinas e nos escombros e o resultado ser mediocre, nessa altura explicarão o quê?
- Deixe-me adivinhar… é cartomante nas horas livres, não é? :)""
Quando eu falava anteriormente em arrogancia....
Meu caro Pedro, arrogância é partir do princípio que a "Geração Rasca" vai gerir mediocremente o país. Ou como é que chama a isto? Cartomancia?
Não é preciso ser cartomante.
Basta ver o querer em chegar ao poder, mas nunca falar-se de ética.
Isso é o que a geração que agora é criticada pela rasca fez.
Quer a "rasca",apenas, replicar o que a outra fez?
Parece que sim.
Embora jurem a todos os seus deuses que não... que são melhores e mais puros e mais preparados...
Bom, mas isso já a geração antes da rasca dizia...com os resultados que se conhecem.
Eu tenho um vantagem.
Sou pessimista-realista e não acredito em homens puros...ou novos homens como conceito de sociedade...
Realmente deve ser pessimista qualquer coisa, mas pessimista-realista para o futuro? Só se for cartomante. Realidade é o real [mesmo assim, sempre subjectivo], futuro é o que há-de vir e que ninguém sabe como será. Quanto muito é pessimista-realista, mais, pessimista-futurista, mais, cartomante. :) Desculpe lá a mais esta do cartomante, mas estou a achar graça à expressão.
7 -
"""
Olhe… realmente já têm falta de bons empregos, bons ordenados, de bons exemplos, de muita coisa mesmo. De futuro, vamos sentir falta das boas reformas. Mas olhe que, ao contrário do que diz, estamos mesmo convencidos que temos falta disto tudo. Se calhar estamos a sonhar e afinal vivemos no país das mil e uma noites."""
Embora os bens materiais sejam importantes não era a estes que me estava a referir.(Mas isso era uma outra conversa...)
E quanto ao futuro irmos sentir a falta de boas reformas isso aplica-se apenas a um milhão de pessoas. Os restantes 3 milhões nunca as tiveram.
Não me estou a referir somente a bens materiais. Bons exemplos não são bens materiais!
8 -
Caro Pedro, eu não preciso de definir a sua idade, porque tem de certeza mais de 35 anos de idade, tal como eu. Só que de espírito… punha-lhe aí mais uns 20 anitos em cima. E digo-lhe isto porque sei que não é ofensivo para si. Deve obviamente saber que tem ideias bastante conservadoras para a sua idade.
PS. Também vai fazer perguntas ao painel no Falar de Blogues III? :)
Essa do tenho de certeza mais de 35.......
e essa do espirito ter mais 20 em cima....
As minhas ideia não são conservadoras por ai além.
Sou um poucochinho...inho... inho :)
Se calhar vou ser "incorrecto " porque se trata de uma outra pessoa do blog ,mas vamos falar de musica.....conservador é postar sobre os rolling stones ,um conjunto de cadaveres musicais......
Mas a minha area é outra ...é mais metal e musica alternativa...e as veezes musica clasica...
Por isso como eu até gosto de musica clássica ...aceito que sou talvez conservador...
Caro Pedro, como bem referenciou, neste blogue existem várias pessoas, cada uma tem os seus gostos, e nem sequer discuto gostos, mas tem graça que eu só gosto mesmo é de metal, embora, não me dê a tiques de esquerda caviar de afirmar que também gosto de música clássica [o que seria completamente falso] só para ficar bem na fotografia [não estou com isto a dizer que é o seu caso]. Cada qual tem os gostos que tem, procuro é não "chocar" os outros com os meus gostos, quiçá... menos vulgares.
A pergunta do painel dos blogs é gira e tem a ver com a descriçao feita por ti neste blog.
Embora eu ache que o senhor de idade que se chateou no encontro de blogs tinha razão,em relacao à pergunta que fez, nao era eu.
Coincidência das coincidências é que só recentemente me lembrei de uma intervenção de um seu homónimo nesse encontro que acabei por não descrever por falta de tempo. Mas se você diz que não foi... quem sou eu para o contrariar. Mas que encaixava tudo, encaixava. Pura coincidência, Acontece
Para lá disso, nunca consideraria sequer a ideia de participar num encontro de blogs.
Nem de colecionadores de selos, quanto mais blogs.
Penso que esse encontro é inútil.
Inútil inútil inútil, também não o é. Mas, pode andar lá perto. Mas é com toda a certeza bastante divertido. Mas este adjectivo não deve impressionar um pessimista-realista assumido. :)
Embora tenha gostado da descrição em 6 partes.
Mas é algo para as pessoas aparecerem e serem vistas .
Nada mais.
E o pior é quando aparece a diva jad;alguém perfeitamentr medíocre politicamente, quer seja considerada sob um angulo de esquerda, quer de direita.
Ns blogs ainda mais inutil,mas como é oportunista, tem bom aspecto, e está a ser apresentada como a grande pseudo esperança da esquerda, logo tem um tempo de antena desproporcionado.
Mas intelectualmente é inutil.
Na arêa dela não sei, nem me interessa.
Nas opiniões dela não me sinto sequer representado por aquilo ou pessoas parecidas com aquilo.
Mas é deste tipo de coisas que encontros de blogs originam.
Falsas expectativas e falsos idolos...e a ilusão de que sairá de algo como isso, uma nova vaga de não se sabe o quê...
Uma nova visão,um novo conceito de homem, uma influência da blogosfera na sociedade,etc......
É um fenómeno comunicacional que merece ser estudado por isso mesmo, mas concordo que também não me parece que seja assim uma coisa tão importante, principalmente, tendo em conta os problemas actuais da nossa sociedade.
Caro Pedro,
Aceito a sua sugestão e vou encortar referindo-me só aos pontos em concreto:
1. Mas se eu disse que não concordo com a tua visão que não há evolução... considero a geração rasca melhor e que vai governar melhor.
2. O ambiente da geração rasca não é pior nem melhor, é diferente, e em muitas situações é bastante mais difícil que foi o das gerações que actualmente estão no poder.
3. Neste ponto então estamos de acordo.
4. Essa ignorância a que se refere deve-se ao facto de os media e os produtores culturais serem de esquerda e não lhes convir lembrar coisas que não lhes interessa. Poderia dizer que também é de esquerda e que viveu esses momentos... e é perfeitamente normal que possa ser de esquerda e ter vivido esses momentos, mas por isso é que é bastante crítico com a actual esquerda e sabe perfeitamente o que a casa gasta quando de se fala em democracia e se coloca na mesma frase CDU's e BE's, etc. Cabe a nós, os rascas mais velhos, passar essa mensagem aos mais novos, para que eles se apercebam da importância de algumas causas e que a maioria dos que estão no poder estão lá simplesmente para se servirem dele e não para servirem o povo como deviam. Essa ignorância tem levado a que eles achem que o BE é um partido muito giro e até tenho amigos meus de Direita que votam BE. O Louçã sabe bem que a maioria dos que votam no BE não fazem a mínima ideia do que é o BE.
5. Já disse que não concordo consigo neste ponto. Basta observar o exemplo do Bruno ou do Filipe que tem somente 24 anos e escrevem neste blogue coisas com uma lucidez e humildade impressionantes. Eu, na idade deles queria era sex, drugs & rock and roll. Queria lá saber de Pessoa, Rilke, Nietzsche ou outros similares. Eu não me considero muito mau, mas eles podem [se já não o são] ser muito melhores que eu e não tenho problema nenhum em o afirmar.
6. Temos visões diferentes deste assunto, mas não tão diferentes quanto isso. :)
7 - Eu defendo as universidades privadas por vários motivos que não interessa agora relevar mas concordo que a maioria anda aparentemente só a "chular" os alunos. A diferença faz-se pelos professores. Muitos professores das privadas (tal como nas públicas) só lá estão para ganhar o deles, apesar de serem "todos" muito "esquerdista" não têm respeito pelos alunos. Os bons professores são os que fazem realmente a diferença, sejam eles do sector público ou privado.
8. Pensava que se estava a referir à universidade "maçónica" com "alguns" professores de direita. :)
Pois, mas conheço algumas dessas universidades que refere e não as vejo como de Direita, nem perto disso.
O que estava em causa neste ponto - no início - é que eu não concordo, mesmo, com a sua opinião que o ensino universitário é neoliberal.
9. De maneira nenhuma. Tem o exemplo do prof. Rogério Santos da UCP que fez um post de "recomendação" no Industrias Culturais para se visitar o «GR» mas que avisou logo que havia por aqui umas opiniões políticas "menos próprias".
10. Eu sou de direita e não sou conservador... muito longe disso. Muito mais "liberal" que a maioria das pessoas de esquerda que conheço.
11. O pessimismo não faz bem a ninguém. Um apurado sentido critico não implica ser pessimista.
12. Ainda bem que a salvação ainda está ao meu alcançe. :)
13. Também é verdade.
14. Se o clássico para si é malmsteen então também gosto de música clássica e muito. :) Só por causa disto, vou já ouvir o magestoso Far Beyound The Sun do primeiro álbum (Rising Force). Como é que eu não poderia gostar do melhor guitarrista de all times? :)
15 - Assunto arrumado
16. Concordo bastante, mas remeto-o para a última edição da BusinessWeek aqui
17. Fechado
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